É um regresso cheio de otimismo este, depois de dois anos sem a realização da ArcoLisboa de forma presencial devido à pandemia. Maribel López, diretora da feira internacional de arte contemporânea de Lisboa e da ArcoMadrid, salienta que “o mais importante é celebrar este quinto aniversário com todas as galerias e colecionadores, e poder voltar ao reencontro em torno da arte”. “As galerias são empresas culturais e, nestes dois anos de pandemia, poucas fecharam. Por um lado, conseguiram manter os seus negócios devido ao trabalho muito próximo com os colecionadores, e, por outro, pelo trabalho no digital. A Arco espera provocar encontros, e que todas as galerias conheçam outras pessoas para o seu presente e futuro”, sublinha a responsável.
Na Cordoaria Nacional, entre esta quinta, 19, e domingo, 22 (o primeiro dia é reservado a profissionais), a 5ª edição da ArcoLisboa apresenta 65 galerias “com projetos feitos com muito carinho”, oriundas de 14 países, com Portugal e Espanha a liderarem nas presenças. No programa geral, participam 43 galerias nacionais e internacionais – algumas pela primeira vez, como as galerias 111, Elvira Gonzalez, Galeria de las Misiones, Heirich Ehrhardt e Rosa Santos, e as austríacas Lukas Feichtner Galerie e Zeller van Almsick.
As restantes dividem-se entre duas secções especiais. O Opening Lisboa, onde se incluem 13 galerias emergentes, “o que diz muito da cena atual”, sublinha a diretora da Arco. É o caso das portuguesas Lehmann + Silva e No-No, da madrilena Silvestre ou da francesa Double V, entre outras, selecionadas por Chus Martinez e Luíza Teixeira de Freitas. Já o África em Foco, com curadoria de Paula Nascimento e que vai na segunda edição, junta nove galerias oriundas do Uganda, Moçambique e África do Sul, além de países da Diáspora, numa tentativa de “desenhar a arte contemporânea africana”, diz Maribel López.
As galerias são empresas culturais e, nestes dois anos de pandemia, poucas fecharam. Por um lado, conseguiram manter os seus negócios devido ao trabalho muito próximo com os colecionadores, e, por outro, pelo trabalho no digital
Maribel López, diretora da ArcoLisboa
Nesta edição, várias galerias assinalam o regresso à feira de arte contemporânea. É o caso das galerias Fernando Santos e Pedro Oliveira (Porto), Cristina Guerra Contemporany Art, Pedro Cera e Vera Cortêz (Lisboa), além das internacionais Alárcon Criado, Greengrassi, Helga de Alvear, Juana de Aizpuru, Krinzinger e Leandro Navarro.
Uma das novidades desta quinta edição é a entrada gratuita para jovens entre os 18 e os 25 anos na ArcoLisboa no sábado, das 17 às 20 horas. “É importante que a arte se conheça o mais cedo possível. Interessa-nos muito que os jovens se aproximem da arte contemporânea”, ressalva a diretora espanhola, licenciada em História de Arte.
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Do programa da ArcoLisboa, organizada pela IFEMA Madrid e pela Câmara Municipal de Lisboa, constam ainda conversas com curadoria de Filipe Oliveira (as Millennium Art Talks), que vão decorrer no Torreão Nascente da Cordoaria, onde serão debatidas questões como a relação entre NFT (non-fungible tokens) e a arte. Tobi Maier, Pauline Foessel, Bernardo Mosqueira e Tho Simões são alguns dos intervenientes desta que é, sobretudo, uma grande montra da arte contemporânea.
ArcoLisboa > Cordoaria Nacional > Av. da India, Lisboa > 19 mai (para profissionais), 20-22 mai, sex-sáb 12h-20h, dom 12h-18h (público em geral) > €10-€15, €5 estudantes, 18-25 anos grátis 21 mai, sáb 17h-20h > programa completo em ifema.es