Invadir, sarar, unir. À volta destas palavras, Anabela Mota Ribeiro e André e. Teodósio construíram o programa Estar em Casa, com que o Teatro São Luiz assinala o Dia Mundial do Teatro. Neste sábado e domingo, dias 27 e 28, das 10h às 23h, haverá espetáculos – Os Filhos do Mal, de Hotel Europa, Plano Comensal de Leitura, de Marta Bernardes, e Se Eu Fosse Nina, de Rita Calçada Bastos –, conversas, performances, visitas guiadas, aulas em casa, cinema, lançamentos de livros, momentos de culinária, viagens ao mundo da fauna e flora, oficinas e consultórios, inclusive astrológicos, de acesso online gratuito. “Pretend it’s a life”, dizem os curadores, sendo o público convidado a transformar a sua casa em “espaço de reinvenção, reflexão, prática artística e lugar de aprendizagem”.
Não faltarão momentos inéditos, como a evocação das histórias do S. Luiz e de outras casas, feitas por Moreno Veloso, Pedro Penim, Patrícia Portela, José Raposo, Adriana Calcanhotto, Pedro Reis e Manuel Aires Mateus. As conversas serão sobre temas tão diversos como a sexualidade, o medo e o fascismo, contando com a presença, entre outros, de Ana Kiffer, Ana Gomes, Bárbara Reis, Cláudia Varejão, Rui Horta, Gabriela Moita, Teresa Coutinho, Djaimilia Pereira de Almeida, Fernanda Fragateiro, Clara Ferreira Alves e Paulo Pascoal. O programa é non stop e extensíssimo, portanto, o melhor é mesmo consultar o site para não falhar as propostas que mais lhe interessam.
Os teatros nacionais também não poderiam deixar de celebrar a data. No D. Maria II, convocam-se dois espetáculos marcantes para este sábado, 27, transmitidos no Facebook: às 10h, Os Lusíadas como Nunca os Ouviu, com a epopeia de Camões a ser dita, na íntegra, pelo ator António Fonseca; às 21h, By Heart, a peça de Tiago Rodrigues que tem circulado por todo o mundo. Para as crianças, na Salinha Online, também haverá conteúdos totalmente gratuitos, como mais de 20 histórias pensadas por diferentes artistas e dois espetáculos: Juro que é mentira e Onde é a guerra?, ambos com encenação Catarina Requeijo.
O Dia Mundial do Teatro celebra-se desde 1961. O dramaturgo francês Jean Cocteau dedicou-lhe, em 1962, a primeiro texto oficial de celebração. Aí, escrevia: “O teatro é uma forma de amor”.
No Porto, já decorre (e perdura até 4 de abril) a transmissão online de dois espetáculos que passaram recentemente pelo palco do São João: À Espera de Godot, de Samuel Beckett, com encenação do multipremiado Gábor Tompa (23 mar-4 abr); e O Balcão, de Jean Genet, encenado por Nuno Cardoso. Neste sábado, o Centro Educativo fará as Oficinas Páscoa no Teatro, durante a manhã (9h-13h, mas poderão ser feitas até dia 1; inscrição obrigatória, €40), enquanto de tarde, às 17h, o Clube de Teatro Sub-18 brinda o público com a proposta audiovisual E se Gil Vicente passasse na Netflix?. O encenador Frank Castorf, que trouxe Bajazet ao TNSJ, em dezembro, falará sobre a sua singular visão do teatro, às 12h, numa entrevista que passará nas redes sociais, e também haverá a publicação do ebook Teatro Visual, de Francisco Laranjo, o terceiro volume dos Cadernos do Centenário.
Já o Teatro Municipal do Porto apresenta dois espetáculos na sua sala virtual: Passos em Volta, da companhia João Garcia Miguel, a partir de textos de Herberto Helder; e uma estreia, Paisagem, peça de Paula Diogo e Tónan Quito com o coletivo brasileiro Foguetes Maravilha. Ambos disponíveis em contínuo, desta sexta, 26, a domingo, 28, e com atividades complementares, como o webinar Descortinar Herberto Helder, com Joana Matos Frias e uma conversa online com os criadores de Paisagem.
Em Viseu, o Teatro Viriato preparou um programa online com os artistas que, neste trimestre, têm estado associados à casa. Dividido pelo fim de semana, dias 27 e 28, destaca-se a estreia, em streaming, de Senso, do encenador Fraga, releitura dramatúrgica das peças didáticas de Bertolt Brecht. Serão também exibidos vídeos sobre os processos de criação de A Fragilidade de Estarmos Juntos, de Miguel Castro Caldas, António Alvarenga e Sónia Barbosa, e de Aleksei ou a Fé, de Sónia Barbosa. Instalamos o palco em nossas casas?
O Dia Mundial do Teatro celebra-se desde 1961. O dramaturgo francês Jean Cocteau dedicou-lhe, em 1962, a primeiro texto oficial de celebração. Aí, escrevia: “O teatro é uma forma de amor”.
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