É com uma pontinha de nostalgia que se recorre a uma sessão de cinema drive-in, adaptada aos tempos de pandemia, para assinalar o dia em que seria inaugurada a 28ª edição do Curtas Vila do Conde (adiada para outubro). Neste sábado, dia 11, na tela instalada na Seca do Bacalhau, haverá um desconfinamento ténue do (bom) cinema, com a apresentação de cinco curtas-metragens, nacionais e internacionais, que recolheram prémios no festival. Uma iniciativa que serve de “ponto de partida duma estratégia de gradual aproximação do público do festival, num período em que ainda demoramos a retomar os hábitos naturais de partilha, celebração e descoberta que apenas um festival concentrado no tempo e lugar podem proporcionar”, refere Nuno Rodrigues, diretor do Curtas Vila do Conde. O acesso é livre, basta uma inscrição prévia no site do município.
Em destaque estará Logorama, de François Alaux, Hervé de Crécy e Ludovic Houplain (2009) – o filme animado vencedor do título de Melhor Curta-metragem de Animação nos Óscares e galardoado com o prémio do público do Curtas desse ano – assim como Panique Au Village: La Bûche De Noël, de Stéphane Aubier e Vincent Patar (2014), um dos episódios da saga rural animada que já passaram pelo festival. Entre as três curtas portuguesas exibidas, não faltará diversidade: a multipremiada Amélia & Duarte, de Alice Guimarães e Mónica Santos (2015), que recorreram às técnicas da pixilação e stop-motion para contar uma encantadora e irónica história de amor; A Ver o Mar, de Ana Oliveira e André Puertas (2017) rodada na vizinha Póvoa de Varzim, um retrato de diferentes gerações a admirar o oceano; e Os Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes (2017), uma das expedições exóticas do realizador, desta vez ao Parque Indígena de Xingu, no Brasil, cenário do romance improvável protagonizado por um robot futurista e por uma indígena. Para ver à luz das estrelas.
Curtas no Drive-In Seca do Bacalhau > 11 jul, sáb 21h30 > inscrição obrigatória www.cm-viladoconde.pt > grátis
