Uma consequência desta era de confinamento forçado foi a profusão de “espetáculos” e da presença de artistas online. Agora esse movimento global está a organizar-se e tenta-se que seja mais justo. Foi a pensar nisso que Ana Ventura Miranda, fundadora do Arte Institute, em Nova Iorque, lançou a plataforma (e app) RHI-Stage. As iniciais referem-se a Revolution, Hope e Imagination – revolução, esperança e imaginação.
Cada utilizador pode pagar o que entender depois de assistir a espetáculos e a apresentações. O projeto (uma parceria com a VISÃO) alarga-se a várias artes. Ana resume-o assim: “É uma ferramenta que ajuda os artistas profissionais que estão neste momento a fazer espetáculos gratuitos em várias plataformas digitais e não têm forma de serem pagos. Não é um donativo, é um pagamento pelo trabalho dos artistas.”
Desde a semana passada, quando o projeto começou, já por lá passaram Celina da Piedade, o Concerto para Bebés, pela companhia Musicalmente, Noiserv, e Hélder Bruno, que tocou várias peças no concerto Transmutação. As composições abordam diversas temáticas, da mitologia relacionada com a água até às vivências do quotidiano, passando pela relação tão trágica quanto heroica do ser humano com o mar: homens, mulheres, a pesca, a sobrevivência, a vida, a morte, a superação. O compositor, pianista e musicólogo, tem um novo álbum em fase de produção, intitulado Sob um Céu de Água. Além de música, haverá também cinema, literatura e artes visuais. Mais informação em www.rhi-think.com.