Consta que foi na viragem entre as décadas de 50 e 60 do século passado que o então adolescente Antonio Pecci Filho decidiu aprender a tocar guitarra, depois de ouvir João Gilberto interpretar Chega de Saudade. Vivia-se então o despertar da Bossa Nova, que haveria de explodir no ano seguinte, e, tal como Antonio, toda uma nova geração de músicos haveria de ser influenciada pela simplicidade e sofisticação daquele novo modo de tocar violão. Já chamado pelo nome com que viria a ficar conhecido, Toquinho começou a tocar profissionalmente uma década depois, lado a lado com jovens que, tal como ele, acabariam por mudar novamente a história da música popular brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa e Paulinho da Viola. No caso de Toquinho, com o precioso auxílio de Vinicius de Moraes, com o qual começou a trabalhar em 1970.
Ao longo de dez anos, além da enorme amizade que desenvolveu com o poeta, Toquinho tornou-se o parceiro mais produtivo de Vinicius, com quem gravou mais de 100 canções até à morte do escritor (em 1980), distribuídas por cerca de 25 discos e multiplicadas em centenas de concertos. É todo este percurso que agora se celebra em dois concertos nos quais Toquinho se apresenta acompanhado pelo pianista João Ventura.
Toquinho > Teatro Tivoli > Av. da Liberdade, 182-188, Lisboa > T. 21 315 1050 > 17 abr, ter 21h30 > €35 a €45 Casa da Música > Av. da Boavista, 604-610, Porto > T. 22 012 0220 > 18 abr, qua 22h > €35 a €40