Foi um momento de viragem, para a carreira dos Mão Morta, que até então apenas eram conhecidos nos meios mais underground do rock alternativo, onde já eram reis e senhores. Mas tudo mudou há 25 anos, quando, a 9 de dezembro de 1992, a banda liderada pelo icónico Adolfo Luxúria Canibal editou o álbum Mutantes S.21, que lhes abriria as portas para o grande público, tornando-os numa das maiores referências do rock nacional. Um dos grandes responsáveis por isso foi Pop-Off, um programa dedicado às franjas mais alternativas do pop-rock português, que então passava na RTP2 e que fez um vídeo do tema Budapeste, da autoria de Nuno Tudela, tornado numa espécie de realizador oficial do grupo, que conta já com mais de três décadas de carreira e uma dúzia de discos de originais – a que se somam mais alguns registos ao vivo e compilações.
A visibilidade conseguida na televisão tornou o tema também num êxito radiofónico, fazendo com que frases como “Sempre a abrir a noite toda, sempre a rock & rolar” ou “charro aqui charro ali, mais um vodka para atestar” entrassem em definitivo para a memória coletiva do rock português. Com uma temática que relata histórias em ambientes urbanos, passadas num futuro então ainda distante, mas que agora soa tão próximo e presente, todos os nove temas Mutantes S.21 possuem nomes de cidades e serão interpretados na totalidade neste concerto, incluindo Shambalah (O Reino da Luz), Istambul (Um Grito) e Marraquexe (Pç. das Moscas Mortas), que nunca antes tinham sido tocadas ao vivo.
Culturgest > R. Arco do Cego 50, Lisboa > T. 21 790 5155 > 18 nov, sáb 21h30 > €15