O Guimarães Jazz faz 25 anos, celebremos

1. O início
Duas semanas de concertos celebram um quarto de século daquele que é o principal festival de jazz nacional, nascido em 1992, da carolice de um grupo de pessoas e da Associação Convívio. Embora não queira “ceder à tentação da autocelebração”, é impossível não lembrar os primeiros anos em que não tinha local fixo. Tanto podia acontecer no Paço dos Duques de Guimarães como no antigo Café Milenário. O Centro Cultural Vila Flor (CCVF), com um auditório de 800 lugares, passou entretanto a ser a sua casa.

2. Concerto de abertura
É uma das novidades deste ano. No sábado, 5, às 22h, o festival abre com concerto, de caráter festivo, a cargo do LUME – Lisbon Underground Music Ensemble, dirigido pelo compositor e pianista Marco Barroso, e com dois agrupamentos musicais locais: a Banda da Sociedade Musical de Pevidém e o Coro BJazz da Escola de Jazz do Convívio (Convívio Jazz Choir), numa aproximação à comunidade local.

3. A programação
Nesta edição, o festival quis, conta o diretor artístico Ivo Martins, “valorizar os músicos”. No programa destaca-se o saxofonista Donny McCaslin, líder da banda que gravou o último álbum de David Bowie (18 nov), o trompetista Kirk Knuffke e o saxofonista Jeff Lederer do quarteto do baterista Matt Wilson (11 nov) e também a pianista de 80 anos Carla Bley, que lidera a Liberation Music Orchestra e que escolheu Guimarães para uma das poucas atuações que ainda dará (19 nov).

4. Atividades paralelas
Haverá jam sessions e música por toda a cidade (no Convívio Associação Cultural, no CCVF, em cafés e pastelarias). As oficinas de jazz (14-15 e 17-18 nov) estarão a cargo da flautista Jamie Baum, do contrabaixista Zack Lober, do baterista Jeff Hirshfield e do pianista Luís Perdomo.

5. O livro
Os 25 anos do festival são assinalados com o lançamento de Novembro, um livro que inclui a lista de todos os músicos (mais de mil em 221 concertos) que por lá passaram.

6. O documentário
No dia 15 será apresentado o 2º capítulo do documentário Uma História de Jazz, sobre a memória do festival, uma ideia de Cristina Marvão.

7. O futuro
“Muito há para fazer” ainda no Guimarães Jazz, promete Ivo Martins. Nomeadamente no que respeita “ao trabalho com os jovens e com a comunidade local”.