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António Zambujo atua no sábado, 30, no palco principal do festival
Luís Barra
Com as margens do rio Lima e do seu afluente Vade como cenário, o Festival Folk Celta volta a transformar o centro histórico da vila minhota de Ponte da Barca numa imensa festa. Como já é tradição, a ação divide-se por dois palcos, o Terras da Nóbrega, onde atuam os nomes mais consagrados e o Bricelta, dedicado aos novos valores da folk, este ano escolhidos através de votação dos fãs na internet. É o caso da brasileira Lyra, uma cantora de “folk alternativo”, que junta na sua música elementos de rock gótico, a quem cabe abrir o festival deste ano, ou dos portugueses The Oafs e Virandeira Folk, duas propostas que juntam mais sonoridades influências de rock, pop ou jazz.
A principal cabeça de cartaz desta primeira noite, 29, é a galega Susana Seivane, descendente de uma das mais prestigiadas famílias de gaiteiros e artesãos de gaitas de foles na Galiza, que nos últimos 15 anos tem reinventado a sonoridade deste instrumento em discos como Alma de Buxo, Mares de Tempo ou Os Soños que Volven. Antes atuam ainda os espanhóis Pet Piper’s Project e os portugueses Galandum Galundaina, desde há 20 anos uma verdadeira instituição do património musical e etnográfico das Terras de Miranda e do nordeste transmontano, que apresentam neste concerto o mais recente disco Quatrada.
Na segunda noite, 30, o palco Bricelta recebe os Palankalama, um quarteto oriundo do Porto dedicado à música instrumental das mais variadas latitudes, os vimaranenses Drusuna e os espanhóis Triquel, considerados um dos nomes de proa do rock celta do país vizinho. Quanto ao palco principal, o principal chamariz é o português António Zambujo, cuja presença é desde logo garantia de casa cheia. Antes, atuam ainda os galegos Talabarte e para concluir, como sempre, em festa, a edição deste ano, foram chamados os Retimbar, um coletivo do Porto, liderado pelo percussionista uruguaio Andres “Pancho” Tarabbia, que desde 2008 tem recuperado os ritmos mais dançáveis da herança popular portuguesa.
Em paralelo com o festival, decorre também a Feira Alternativa onde é possível comprar sabonetes, óleos e unguentos naturais. Ou talvez saborear um copo de cerveja artesanal ou um licor tradicional a acompanhar os queijos e enchidos da região.
Folk Celta > Pç. Terras da Nóbrega, Ponte da Barca > 29-30 jul, sex-sáb 21h30 > €10 a €18 (passe)