
Foi em 2011, com o disco Canções de Apartamento, um exercício samba-indie low-fi, gravado em casa, que Cícero se deu a conhecer. Aclamado pela crítica e pelo público, o álbum de melodias simples e diretas, feito de histórias de amores, saudades, encontros e desencontros, acabaria por lhe valer dois prémios Multishow de Música Brasileira e os elogios de nomes como Marcelo Camelo, Lenine e Marisa Monte. De um momento para o outro, o tímido músico carioca era eleito uma das figuras de proa da nova geração da MPB, visto como o herdeiro direto de bandas como Los Hermanos. O êxito da estreia teve no entanto como resposta um segundo álbum, Sábado, marcado por um sentimento de isolamento que deu lugar a um minimalismo experimental, encarado por muitos como um retrocesso na carreira ascendente do artista. No novo A Praia, editado no ano passado, Cícero volta no entanto a baralhar os conceitos. Embalado por uma sonoridade mais eletrónica, este trabalho é talvez a obra mais completa de Cícero, no qual se apresenta finalmente como um músico completo, pronto para ocupar o lugar que lhe parecia destinado desde o início. É este disco que vem agora apresentar a Portugal, numa minidigressão em nome próprio, depois de no ano passado já ter passado pelo festival Primavera Sound. Para além de Lisboa, atuará também em Ovar, Braga e Castelo Branco (Cine-Teatro Avenida), naquela que será uma oportunidade única para ver ao vivo um dos nomes obrigatórios da nova MPB.
Estúdio Time Out > Mercado da Ribeira, Av. 24 de Julho, 49, Lisboa > T. 21 359 31 00 > 2 mar, qua 22h > €10
Escola de Artes e Ofícios > R. Fonte do Casal, 24, Ovar > T. 96 522 0425 > 3 mar, qui 22h > €5 Theatro Circo de Braga > Av. da Liberdade, 697, Braga > T. 253 203 800 > 4 mar, sex 21h30 > €15
Cine-Teatro Avenida > Av. General Humberto Delgado, Castelo Branco > T. 272 349 560 > 5 mar, sáb 21h30 > €10