Há três anos que aguardamos o regresso de Mike, Eleven, Dustin, Lucas, Max, Will, Steve, Robin, Hooper e Joyce. Aquele foi um verão de romances, primeiros empregos no centro comercial, missões secretas de soviéticos atrás de norte-americanos e criaturas vencidas.
Mas também de separações. Na quarta e penúltima temporada de Stranger Things, dividida em duas partes (a primeira estreia-se nesta sexta, 27; a segunda a 1 de julho), regressamos a Hawkins, uma cidade que parece amaldiçoada e onde ficaram alguns dos adolescentes que mantêm a adoração por Dungeons & Dragons, agora jogado no clube Hellfire, liderado por Eddie, uma nova personagem mais satânica.
Aliás, toda a envolvência dos novos episódios, passados em 1986, está mais voltada para o terror do que para o fantasioso dos anteriores. O gigante e viscoso Demogorgon foi abatido, mas a série, criada pelos irmãos Matt e Ross Duffer, tem um novo vilão, Vecna, com formas mais humanas e não menos assustadoras.
Na Califórnia, para onde Joyce se mudou com os dois filhos e Eleven (e onde se sentem “viajantes do tempo”), o bullying e outros problemas geracionais vão ganhando terreno. Eleven está mais crescida, menos alheada e sem os seus superpoderes adquiridos nas experiências do doutor Brenner no Laboratório Nacional de Hawkins.
Será que os conseguirá recuperar? Muito jeito lhe dariam para lidar com cheerleaders irritantes. Eleven já aprendeu que o tempo é o melhor amigo das mudanças e naturais adaptações. No final da terceira temporada perdeu Hooper, o pai adotivo que se sacrificou para impedir que os russos entrassem no Mundo Invertido.
A nostalgia dos anos 1980 está presente nas várias narrativas, seja nas roupas, nos cabelos, na banda sonora e nas referências pop de cultos que tanto pais como filhos gostam. Bem-vindos de volta.
Veja o trailer:
Stranger Things > Netflix > Estreia 27 mai, sex > 5 episódios > 1 jul, sex > 4 episódios