A sexta temporada terminou em sobressalto e com muito dramatismo. Depois de um atentado à presidência americana, a morte heroica de Peter Quinn, para salvar a presidente Keane (Elizabeth Marvel) e Carrie Mathison (Claire Danes), não foi menos inesperada do que a detenção de Saul Berenson (Mandy Patinkin), um dos 200 membros do grupo de inteligência especial suspeito de conspirar contra o Governo. Uma decisão vista como uma traição da presidente, antes considerada corajosa e agora cada vez mais paranoica e apelidada de fascista. Dar Adal (F. Murray Abraham) diz, aliás, que há algo de “pouco americano” na líder. A nova temporada traz grandes purgas numa administração tão dividida quanto o próprio país.
Carrie Mathison, que tinha sido convidada para conselheira sénior da presidente, muda-se com a filha para Washington, para casa da irmã. A missão é acabar com a administração Keane e assegurar a libertação de todos os detidos, ao mesmo tempo que a caça aos responsáveis pelo atentado continua. Com a sua personagem associada a uma loucura diagnosticada, que foi tantas vezes parte do problema, nesta sétima temporada questiona-se se será Carrie a única capaz de salvar o mundo. Saul sai da prisão para se juntar à presidente, em mais um confronto com Carrie, mas ambos estão a tentar mudar o clima de conspiração. Inspirados pela atualidade política, os criadores Alex Gansa e Howard Gordon tiveram muita dificuldade em não reproduzir a guerra entre a administração Trump e a comunidade de inteligência, por isso mergulharam no tema. “Fugir disso seria um pouco cobarde e falso”, diz Alex à revista Variety. Mas será a série um paralelo ou um contraponto? “É uma história diferente, mas com muitos dos mesmos problemas. Assim podemos comentar de forma indireta o que está a acontecer.”
Segurança Nacional > estreia 16 fev, sex 22h15 > a partir de 2 de março emissão às 23h05