É a grande aposta do canal HBO neste início de ano e uma das estreias mais aguardadas. Vinyl, a série que leva para a televisão a cena musical dos anos 70, tem como produtores executivos Martin Scorsese e Mick Jagger (que já tinham trabalhado juntos no documentário Shine a Light, de 2008, sobre os Rolling Stones). Logo abaixo, na ficha técnica, aparece Terence Winter (Os Sopranos e Boardwalk Empire), como autor do guião. E na lista de protagonistas, dois nomes com ligações familiares e afetivas: James Jagger, filho de Mick Jagger e da ex-modelo Jerry Hall, e Juno Temple, filha de Julian Temple, realizador de Absolute Beginners, com David Bowie.
A expetativa é alta, mas não se espere de Vinyl a verdade dos factos. Sim, há uma verdade como pano de fundo, e nem seria possível contar a história do rock’n’roll, e da indústria musical, nos anos 1970, sem falar de Led Zepplin, Alice Cooper ou dos próprios Stones. Mas a série é ficção: o empresário Richie Finestra (Bobby Cannavale), um cool guy de origem italiana na casa dos 40, casado com Devon (Olivia Wilde) e pai de dois filhos, está a braços com a falência iminente da sua editora. Apaixonado pelo que faz, a única forma de impedir que a empresa seja vendida a “homens de fato e gravata, cheios de dinheiro, que de música nada percebem”, é encontrar um “novo som”. É aqui que entra Kip Stevens (James Jagger), vocalista dos Nasty Bits, banda punk a despontar em 1973, ano em que tudo parecia estar a acontecer em Nova Iorque – no Bronx, fazia-se a primeira festa hip hop e em Lafayette Street dançava-se disco sound.
A estreia neste domingo, 14, é mundial, por isso, por cá, Vinyl chega às duas da manhã. E se “aquele” concerto não aconteceu exatamente naquela data… releve e aproveite. Afinal, isto é (só) rock’n’roll.
TVSéries > estreia 14 fev, dom 2h > emissão seg 22h45