1. Mais de 600 iniciativas
O programa com quase cem páginas é uma boa imagem para descrever a edição deste ano do FÓLIO, o Festival Literário Internacional de Óbidos promovido pela câmara municipal, pela Fundação Inatel e pela Ler Devagar. São mais de 600 iniciativas, entre debates, conversas, exposições, concertos e lançamentos de livros. No FÓLIO a grande e a pequena escala conjugam-se, com sessões para uma audiência maior numa tenda central e outras nos mais variados espaços da vila. Este ano, o mote é dado pelo tema da Inquietação: da guerra, do futuro, da incerteza e da própria literatura.
2. Ilustrações e exposições
Se o FÓLIO transforma Óbidos numa festa da literatura, não faltam outros atrativos. PIM! Mostra de Ilustração para Imaginar o Mundo é um deles, com inauguração no dia 12, na Galeria Nova Ogiva, e a entrega do Prémio Nacional de Ilustração, que distingue em 2024 Catarina Sobral. Este ano, cada ilustrador foi convidado a propor uma manifestação por uma causa, só sua ou de todos. A PIM é uma das 27 exposições, individuais (André Letria, João Abel Manta ou João Francisco Vilhena) e coletivas (BD, Mulheres Saramaguianas, Ilustrar o Zeca), do festival.
3. Concertos
A Fundação Inatel volta a assumir a curadoria da secção Folia, que propõe oito concertos (sempre às 22h) ao longo de festival, com músicos consagrados e emergentes: LINA, numa evocação de Camões (dia 10), Nancy Vieira (11), Maria João (12), Entre Nós (13, mas às 19h), Miss Universo (16), Luta Livre (17), Emmy Curl (18) e BATIDA (dia 19).
4. Dos cinco continentes
Em 14 sessões, o tema da Inquietação leva à tenda principal, no centro da vila, escritores dos cinco continentes, muitos com livros já traduzidos ou a chegarem às livrarias. Conversas com a holandesa Hanna Bervoets, a neozelandesa Eleanor Catton, os franceses Jean-Baptiste Andrea e Bruno Patino, a etíope Maaza Mengiste, o turco Burhan Sönmez, a espanhola Beatriz Serrano, a norte-americana Danya Kukafka, a sul-coreana Anna Kim e o bósnio Velibor Čolić, nos dias 11, 12 e 13. E a equatoriana Mónica Ojeda, o inglês Max Porter, os brasileiros Tiago Ferro e Natalia Timerman, os espanhóis Manuel Jabois e Irene Vallejo, a venezuelana Karina Sainz Borgo, a ruandesa Scholastique Mukasonga, o argentino Alberto Manguel, a dinamarquesa Katrine Engberg e o ucraniano Andrey Kurkov, nos dias 18, 19 e 20.
5. Casas
Por iniciativa dos organizadores ou promovidas por algumas editoras, há cada vez mais casas temáticas durante o FÓLIO, com várias conversas entre escritores e artistas. Na secção Fólio Mais, que agrupa propostas de vários parceiros, surgem as casas Escrevivência, em torno da obra de Conceição Evaristo, escritora brasileira agora editada em Portugal pela Orfeu Negro; Fulgor evoca Maria Gabriela Llansol; e Floresta, com uma literatura em “conexão com o ancestral, a comunidade e a Natureza”. As editoras Abysmo, Penguin Random House e Tinta-da-China também têm casa própria e encontros com os seus autores.
6. Que Educação?
Com olhos postos nos desafios do presente e do futuro, a área da Educação tem no FÓLIO um espaço privilegiado de reflexão e formação. No dia 17, decorre o seminário A Inquietação da Leitura para Tod@s, ponto alto de uma secção que inclui lançamentos de livros, oficinas e conferências.
7. Andar pelas ruas
Com ou sem programa na mão, o FÓLIO convida a uma deambulação pelas ruas da vila, um pretexto para conhecer os seus monumentos, centros culturais ou novos espaços e para ser surpreendido por uma sessão que está a decorrer. A variedade e a inclusão são duas palavras-chave do festival, num cruzamento de culturas e artes.
FÓLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos > Óbidos > 10-20 out > programação completa em foliofestival.com