1. Teatro do Bairro
“Passo a maior parte do meu tempo em teatros, em particular no Teatro do Bairro, onde trabalho, diariamente, desde que abriu, há 11 anos”, diz António Pires, 55 anos. “Exige dedicação, sobretudo porque é um sítio onde recebemos pessoas, e também amigos, para ver espetáculos, que é aquilo que gostamos de fazer.”
2. Bairro Alto
O encenador frequenta o bairro desde que chegou a Lisboa, há cerca de 30 anos. “Já não é o mesmo Bairro Alto dos anos 80 e 90; já não existe o Frágil, o Majong está diferente, as pessoas são diferentes… mas continua a ser especial. É um local cheio de memórias, para uma geração, pelo menos, se não para muitas.”
3. Restaurante Casanostra
Do Bairro Alto dos anos 80 e 90 ficaram sobretudo os restaurantes. “Há um de que gosto particularmente”, diz. “O Casanostra, em especial à hora do almoço. Tem uma luz fabulosa, apesar de ficar no meio do bairro.”
4. Mercado da Ribeira
António Pires descobriu este mercado durante a pandemia. “Enquanto a maioria das pessoas ia fazer compras aos supermercados, eu ia ao Mercado da Ribeira que estava vazio.” E o ritual tornou-se um hábito. “Na banca da Rosa, compro o peixe. Numa das lojas, os quiabos, o jindungo e o óleo de palma, para fazer a muamba, e, na banca da Elisabete, os legumes. Ela tem uma variedade de tomate que não se encontra por aí, os produtos são muito melhores.”
5. Beira-Tejo
Foi também durante a pandemia que se deu conta de como toda a zona ribeirinha de Lisboa estava diferente. “Precisava de ir andar e apercebi-me do quão bem estava a cidade e, em particular, a beira-Tejo. Lisboa esteve durante anos tapada do rio, mas agora podemos fazer caminhadas desde Oeiras até à Expo. Há sítios para fazer desporto, para ficar sentado a contemplar o Tejo.” O encenador deixa uma sugestão: “No Braço de Prata, há um jardim maravilhoso, vale a pena sair de casa e ir ver esta Lisboa.”
6. Livro A Margem da Alegria, de Ruy Belo
“É-me sempre difícil escolher, mas este A Margem da Alegria, do poeta Ruy Belo, é um livro a que volto de vez em quando. Adoro-o, simplesmente, não sei explicar porquê.”