1. Pirouette: A nova vida do Jardim dos Passarinhos, no Monte Estoril
Não é preciso andar às voltas para encontrar o Pirouette. Este quiosque fica no coração do Monte Estoril, no Jardim Carlos Anjos, conhecido como o Jardim dos Passarinhos, onde há um parque infantil, uma gaiola de pássaros e um pequeno lago. Desde sempre um ponto de encontro para os moradores da zona, está agora de cara lavada, com uma esplanada moderna e uma carta q.b. de saudável, pensada para os vários momentos do dia. “Sou de Cascais e sempre simpatizei com o quiosque. Isto é muito calmo e tem aqui este jardim”, aponta Carlos Canto Moniz que, com Gonçalo Barreto e Pedro Santos, ganhou a concessão. Carlos inspirou-se numa frase do documentário do investigador e mentor espiritual Ram Dass para dar nome ao quiosque: “Aqui do meu escritório tenho visão de pássaro, eles voam, fazem piruetas…” Neste Pirouette, não importa a hora, há sempre pássaros a dançar e comida a preceito a acompanhar. Ao pequeno-almoço, prove-se a bruschetta com ovos mexidos, presunto e abacate ou a de figos, gorgonzola e mel, as panquecas ou a taça de iogurte com fruta da época. Se a ideia é almoçar, sugerem o grelhado de legumes com pesto; a burrata, com tomate-cereja, molho pesto e manjericão fresco, ou a bowl de lombo de novilho com legumes e avelãs. E, ao final do dia, entre dois dedos de conversa, saberá bem um cocktail e uma tábua de enchidos, sentado nos confortáveis cadeirões, com mesas baixas, virados de frente para o jardim. Jardim Carlos Anjos, Av. Saboia, Monte Estoril > seg-dom 8h30-20h
2. Beca Beca: O Parque Eduardo VII voltou a dar que falar
Colado à Estufa Fria, o antigo Central Parque mudou de nome e quer dar que falar. Desde o início de outubro, chama-se Beca Beca e tem uma ementa com opções saudáveis. A gestão do quiosque está agora nas mãos de um quarteto de amigos – Luís Jeremias, Diogo Figueiredo, Rui Jácome e António Carrilho (estes últimos, sócios no restaurante Sauvage, perto do Campo Pequeno). Na esplanada, com mesas e cadeiras Gonçalo cinzentas, a lista contempla burrata e mortadela peperoncino (€8), salada de frango (€9) com mix de alfaces, peito de frango assado, presunto crocante, parmesão, cebola frita e croutons. Há ainda tostas e farfalle com burrata e pesto (€9) que pedem um cocktail, com ou sem álcool, dependendo da hora do dia. Se o tempo continuar a ajudar, como aconteceu em outubro, há de voltar a haver Roda de Samba, no final da tarde, ou outra iniciativa musical. Para breve, fica prometida a abertura da casa de pedra que se pode ver ali ao lado, no parque infantil. “Será qualquer coisa relacionada com o universo das crianças”, adianta António Carrilho.
Parque Eduardo VII, Lisboa > seg-dom 10h-21h
3. Barneário: No Jardim do Campo Grande, as conservas são o prato principal
Quem passava no Jardim do Campo Grande, em Lisboa, e via a degradação do antigo balneário público ficará agora surpreendido. O edifício, conhecido como Casa Raul Lino, ao abandono há 40 anos, deu lugar ao Barneário. Valerá a pena, diga-se, não ficar apenas pela convidativa esplanada, que se ilumina ao lusco-fusco, e espreitar a sala. Lá dentro, preservaram-se os azulejos originais, e há mesas e um balcão de mármore, onde repousam uma máquina registadora e uma balança antigas, entre outras peças que Luís Filipe Cabrita trouxe da sua casa e dos pais. “Todas elas têm uma história, por exemplo: o jogo da glória era do meu avô e a Kodak foi a primeira máquina fotográfica da minha mãe, que tem 86 anos”, diz.
Na esplanada, servem-se bebidas, tostas e torradas; no interior, apostaram-se nos sabores algarvios, em receitas preparadas a partir de conservas portuguesas – uma homenagem às Conservas Atlântida, que estiveram na família até aos anos 70. Além de rolinhos de biqueirão (€5), muxama de atum (€8) e marinada de carapau picante (€7), há cavala, sardinha e lulas recheadas, servidas em versão salada ou tiborna, e, para adoçar a boca, queijo de figo flambeado com medronho (€4,50). Casa Raul Lino, Jardim do Campo Grande Sul, Lisboa > T. 21 050 6118 > ter-dom 16h-23h
4. Quiosque dos Poetas: Ponto de encontro, no maior parque urbano de Oeiras
Escolhemos entrar no Parque dos Poetas, em Oeiras, pelo lado do Templo da Poesia, e não foi por acaso. Este pedaço do parque estende-se em socalcos, para vencer a inclinação, e é lá do cimo, do miradouro, que se tem a melhor panorâmica desse Atlântico que banha a costa. Depois, descemos até ao anfiteatro, onde está o Quiosque dos Poetas, aberto em novembro. Neste recente ponto de encontro, há uma ementa elaborada com produtos frescos da época, locais e, sempre que possível, biológicos, com opções para as diferentes horas do dia: taça de fruta com granola e mel (€3,80), empadas (€1,70), tostas de salmão ou de atum em pão saloio (€4,50)… Já ao final do dia, é um bom sítio para se ir beber um gin ou um chocolate quente. Num futuro próximo, diz Paula Paiva, uma das sócias, estão planeadas iniciativas ligadas à música, às artes performativas e à poesia, claro está. Parque dos Poetas (Fase II), R. A Gazeta de Oeiras, 29, Oeiras > T. 91 765 9296 > seg-dom 10h-18h
5. Kiosk Keil do Amaral: Uma esplanada em Monsanto, com vista sobre a ponte
O quiosque junto ao Moinho do Penedo mudou-se, neste verão, para o anfiteatro Keil do Amaral, ganhou uma esplanada e novidades na carta. Se dito assim soar a pouco, escreva-se que o Kiosk Keil do Amaral tem vista privilegiada sobre a Ponte 25 de Abril, a partir do deck de madeira com várias mesas e cadeiras, e muito espaço em volta. A meio da tarde de um dia de semana, há famílias com crianças a brincar por perto, gente em teletrabalho (tem wi-fi), amigos à conversa com limonada e imperial a acompanhar. “A mudança de localização trouxe-nos mais gente, as pessoas vêm correr, passear, e existe muita coisa à volta. Os campos de basquetebol ficam ali em cima, o skate park e o parque de merendas estão a poucos minutos”, diz Leonor Gaspar, a responsável pelo quiosque que ali ao lado tem a Biclas Monsanto, com bicicletas e karts para alugar. Além de nachos com guacamole e hambúrgueres, por exemplo, e de gelados da Artisani, a ementa inclui agora sugestões saudáveis da Garden Gourmet, como o wrap com panado vegetariano, manga, mix de alfaces e maionese, o banana bread e o brownie da Going Nuts, servido simples ou com granola, manteiga de amendoim e morango. O Kiosk é pet-friendly e tem bebedouro para cães. Sozinho ou acompanhado, este será sempre um bom programa a fazer no “pulmão verde” de Lisboa. Alameda Keil do Amaral, Lisboa > seg-sex 10h-18h30, sáb-dom 8h30-18h30
6. Banana Café Doca da Marinha: DJ sets ao fim de semana, à beira-Tejo
Em maio passado, quando a zona entre o Cais das Colunas e a Doca da Marinha foi devolvida à cidade, após longas obras, chamámos-lhe a “nova promenade de Lisboa”. Se este pedaço de frente ribeirinho convida a passeios a pé, diga-se que também ali, na Doca da Marinha, foram postos bancos-espreguiçadeiras e três quiosques, todos com uma instalação de luz e cor de Julião Sarmento (1948-2021) e explorados pelo Banana Café. Depois das Night Stories, que animaram o final do verão à beira-Tejo, com música, comida e um mercado, a boa disposição é para continuar com DJ sets aos fins de semana. Na ementa, comum às três esplanadas, mantêm-se os petiscos portugueses, como meia-desfeita de bacalhau, salada de polvo, croquetes de carne com mostarda, além de tostas em pão alentejano e uma oferta variada de cocktails. Depois, nada melhor do que dar um passeio por ali mesmo. Porque, mais do que comer e beber, ir a um quiosque pode significar aproveitar a cidade. Doca da Marinha, Lisboa > seg-dom 10h-22h30
7. Greenie: O sítio que faltava ao centro de Oeiras
Começar um texto sobre quiosques a dizer que perto do Greenie, em Oeiras, existe estacionamento gratuito nas redondezas só se justifica se acrescentarmos que este fica resvés ao Palácio Marquês de Pombal, no centro histórico da vila. Do parque ao lado da antiga Estação Agronómica Nacional são meia dúzia de passos até à esplanada, rodeada por um muro alto que a protege nos dias de vento e guardada por um enorme pinheiro. O quiosque abriu em maio deste ano, e Camila Pizarro e os dois sócios não podiam estar mais contentes. Criaram uma ementa que não precisa de fogão, organizaram finais de tarde com DJ sets e música ao vivo, e a verdade foi que acertaram em cheio quando se propuseram abrir um lugar diferente de tudo o que existia na vila. O outono trouxe novidades. A caminho está uma estrutura à prova da chuva e do frio, para que se volte a ouvir música, e a ementa foi adaptada à estação. Além de opções para o pequeno-almoço, têm sopa e quiche do dia, tostas, salada de burrata, tábua de queijos e enchidos, guacamole com tortilhas, snack de frutos secos para acompanhar a imperial, um copo de vinho ou um gin. I.B. Lg. Avião Lusitânia, Oeiras > seg-dom 11h-21h
Mais 5 esplanadas lisboetas aonde apetece sempre voltar – para ir com as crianças, ler um livro ou ver o pôr do Sol
Quiosque dos Coruchéus
Em Alvalade, rodeado pelo jardim que lhe dá nome, tem uma esplanada ampla e o parque infantil fica ali mesmo ao lado. A imperial é sempre acompanhada de tremoços, há vinhos dos Açores e de pequenos produtores e sugestões variadas para comer. Jardim dos Coruchéus > R. Alberto Oliveira, Lisboa ter-dom 12h-21h
Quiosque de São Paulo
A ementa recupera os petiscos servidos há 20 ou 30 anos nos botecos e casas galegas do Cais do Sodré. Na ardósia, há sandes de lula frita, torresmo e pernil, ovos verdes, rissol de camarão, xiripitis (ginja, bagaço, jeropiga) e aperitivos (Favaíto, vinho quinado, branco velho e genebra tónica). Pç. de São Paulo, Lisboa > seg-sáb 12h-22h
Quiosque Pimenta
No jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, quase que esquecemos que estamos na cidade. Para tomar um café ou fazer uma refeição ligeira, com os pavões por companhia. Museu de Lisboa – Palácio Pimenta > Campo Grande, 245, Lisboa > ter-dom 10h-18h
Acaso Galveias
Escondido no jardim da Biblioteca Municipal Palácio Galveias, no Campo Grande, o ambiente é tranquilo, perfeito para uma tarde com um livro por companhia. Biblioteca Palácio Galveias > Campo Pequeno, Lisboa > seg e sáb 13h-19h, ter-sex 10h-19h