1. Curadoria ZDB
A programação do Jardim de Verão 2020 tem a curadoria da Galeria Zé dos Bois (ZDB). Artistas plásticos, performers, atores e músicos portugueses, que costumam colaborar com a ZDB, foram desafiados a despertar no público a vontade de contemplar a Natureza e de refletir sobre o potencial da mesma enquanto matéria artística. “Este projeto envolveu os responsáveis pelas artes visuais, performativas e pela música da ZDB. Quisemos trabalhar o jardim, não enquanto cenário, mas como uma entidade com pulsão própria, a matéria base de onde nasce o resto”, explica Natxo Checa, curador das artes visuais. “Intervir neste espaço significa, em primeiro lugar, escutá-lo.”
2. Workshop de serigrafia
Aos domingos de manhã, a Oficina Arara vai ensinar as bases da serigrafia. Combinando cores e sobrepondo camadas e formas, dez participantes construirão máscaras impressas sobre papel. Os workshops são grátis e a inscrição é obrigatória.
3. As performances de Gustavo Sumpta
Nas tardes de sábado e domingo, Gustavo Sumpta sobe ao palco do Grande Auditório e partilha-o com um público restrito a 23 pessoas. Em Primeira Lição de Voo. Pobre Não Tem Metafísica, Sumpta faz uma homenagem aos mestres do cinema mudo. Já em O Melhor Mundo Possível, o artista vai construindo um desenho bidimensional no chão, feito de gestos repetidos, para o transformar, no último instante, numa forma tridimensional. Grátis.
4. “Animal Animal” no Grande Auditório
Através da performance Animal Animal, Tiago Barbosa e Cláudio Silva trarão nudez para o Grande Auditório, numa narrativa humana sobre os comportamentos dos animais. Também neste caso o palco será partilhado com as 23 pessoas do público, que terão a oportunidade de observar um repertório de comportamentos de diversas espécies, das que se adaptaram ao habitat humano às mais esquivas ou mesmo selvagens. Grátis.
5. Ouvir a Natureza
Numa época em que o verdadeiro significado da palavra “parar” parece ter sido esquecido, Jardim Concreto desafia quem passeia no jardim da fundação a refletir sobre ele. As instalações artísticas de Paulo Morais, Patrícia Portela e Christoph De Boeck e do coletivo Berru refletem sobre a dimensão do mundo simbiótico onde vivemos, levando o público a escutar a Natureza. Sentir a vibração da água, ouvir o chilrear de pássaros em altifalantes, perceber a intensidade da ocupação humana no jardim ou ter espaços para pensar sobre o significado de regeneração, beleza e tempo são algumas das propostas.
6. Concerto “Ruin Marble”
O concerto experimentalista que une o músico eletrónico Pedro Tavares ao baterista Gabriel Ferrandini e ao artista plástico Alexandre Estrela torna orgânica uma matéria que não o é. Quando a música atinge a fotografia de uma pedra, a imagem é animada, graças à tecnologia MAX/MSP, uma linguagem de programação visual para música e multimédia. 3 jun, sex, 21h. Bilhete €10.
7. Concertos no Anfiteatro ao Ar Livre
Nas noites de sexta a domingo, às 21h, há música imersa no verde. Pelo palco do Anfiteatro ao Ar Livre vão passar B Fachada, Calhau!, João Pais Filipe & Burnt Friedman, João Barradas, Julinho da Concertina, Luís Severo, Marco Franco com Joana Gama e Tiago Sousa, Maria Reis, Norberto Lobo, a Orquestra Gulbenkian, Peter Evans e Selma Uamusse. O número de lugares é reduzido e o uso de máscara obrigatório. Bilhete €10.
Jardim de Verão > Fundação Calouste Gulbenkian > Av. Berna, 45, Lisboa > T. 21 782 3000 > 3-19 jul, sex-dom > grátis, concertos €10 > Programa completo: gulbenkian.pt/jardim-de-verao-2020