É com a exposição Um Museu do Outro Mundo, de José de Guimarães, que se dá início, este fim de semana, à celebração do 10º aniversário do Museu do Oriente e do 30º aniversário da Fundação Oriente. A intervenção inédita e específica para esta ocasião, põe em diálogo peças da coleção de arte chinesa do artista, e outros objetos, com o vasto espólio do Museu, em particular a coleção Kowk On. Vai estar patente até 3 de junho, nas salas de exposições temporárias no piso 0 que se transformaram em sala negra e escura e sala branca e sem limites, ligadas entre si pela sala mundana e dourada.
As comemorações, as mais prolongadas que o Museu do Oriente já teve, desde que inaugurou a 8 de maio de 2008, incluem um programa a extender-se ao longo de quase dois meses. “A ideia inicial era dar destaque a um país asiático em cada fim de semana mas, na verdade, há um ou outro que acabou por ocupar vários dias na programação”, justifica Joana Belard da Fonseca, diretora-adjunta do Museu do Oriente.
Com oito países asiáticos para mostrar – Índia, Coreia, Filipinas, Tailândia, Japão, Bangladesh, China e Timor –, tudo começou a ser preparado com muita antecedência. “Começámos a desenhar a programação antes do verão do ano passado, sempre em parceria com as embaixadas destes países e associações parceiras com quem costumamos trabalhar”, explica a diretora-adjunta do Museu.
Para assinalar os dez anos de vida do Museu, os responsáveis pela instituição elevaram a fasquia: espetáculos, conferências, visitas temáticas, exposições, demonstrações, concertos e até um festival de Street Food (comida de rua), no dia 20 de maio, com especialidades asiáticas. Já este sábado e domingo, dias 17 e 18, dá-se destaque à Índia com atividades tão diversas como workshops de dança tradicional, estampagem ou caligrafia hindi, aula de ioga, concerto de Sarod e pinturas de henna.
Desta longa programação, destacam-se alguns momentos especiais, como a celebração do Ano Novo do Bangladesh, no dia 29 de abril, que inclui a procissão da felicidade e um desfile de trajes tradicionais; ou o concerto da Escola de Ópera de Shanghai, no dia 6 de maio, durante o fim de semana dedicado à China. A 8 de abril haverá dança Sinulog das Filipinas, e a 24 e 25 de maio chegam os Taiko Drums do Japão. Com exceção de alguns espectáculos e cursos, quase todas as atividades são gratuitas (o mesmo acontecendo todos os domingos, em que a entrada no museu será livre). No entanto, aconselha-se a chegar cedo, porque os lugares são limitados e a procura é muita.
Nestes 10 anos, o Museu do Oriente registou 800 000 mil entradas, organizaram-se 115 exposições, 103 500 visitas orientadas e mais de 500 espetáculos.
10º Aniversário Museu do Oriente > Av. Brasília, Doca de Alcântara (Norte), Lisboa > T. 21 358 5200 > 17 mar-27 mai