Se há viagem no tempo que faz sentido na cidade dos Arcebispos é esta da Braga Barroca. Basta pensar nas obras legadas por André Soares (1720-1769), desde a capela dos Monges, no convento dos Congregados (segundo os especialistas, uma das mais impressionantes do tardobarroco na Europa), ao Palácio do Raio, recentemente reabilitado pela Santa Casa da Misericórdia (transformado em centro interpretativo das memórias da instituição). O programa apresentado pela câmara municipal de Braga, para dias 21 a 25, desta quarta-feira a domingo, associado às Jornadas Europeias do Património, vai muito além da reconstituição histórica.
Haverá cortejos, sim, com donzelas de vestidos volumosos e cavalheiros de bermudas e longos casacos. Mas também se apostará em visitas guiadas às obras mais originais deste estilo artístico, em múltiplos concertos (destaque para o da Orquestra Barroca da Casa da Música, interpretando As Quatro Estações, de Vivaldi, sábado, 24, às 21h30, frente ao Palácio do Raio), em leituras poéticas de textos da época, em visitas encenadas ao Museu dos Biscainhos (instalado no palácio do séc. XVII com o mesmo nome, alberga uma coleção etnográfica e artística), em sessões de história devidamente enquadradas com monumentos deste período (como a igreja da Penha), em espetáculos a evocar a dança e o guarda-roupa faustoso, numa pequena mostra de doçaria conventual, licores e iguarias setecentistas e em oficinas pedagógicas recriando os azulejos de característico azul ou elaborando terços e contas de rezar. Algumas das atividades, nomeadamente as visitas e as oficinas, requerem inscrição prévia (cultura@cm-braga.pt).
Braga Barroca > vários locais de Braga > 21-24 set, ter-dom