Depois dos transportes públicos e das escadarias da cidade, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela organização das Festas de Lisboa, escolheu os miradouros para receber intervenções artísticas. São três e em comum têm a vista para a Ponte 25 de Abril, a celebrar em agosto o seu 50º aniversário.
A ideia de fazer um guia de Lisboa para ser lido e visto já andava a borbulhar na cabeça de Patrícia Portela e Afonso Cruz. Juntou-se a coincidência de a EGEAC comemorar 20 anos e o projeto ganhou pernas para andar. A data redonda ditou o número de participações – 20 escritores e 20 ilustradores que, através da escrita e do desenho, convidam à descoberta da sua Lisboa. Com Rui Cardoso Martins percorremos a Penha da França para depois darmos um salto à Penha pela mão de Rui Zink. Mário Zambujal fala da Lisboa dos jornais que foi desaparecendo, enquanto Bárbara Assis Pacheco desenhou um itinerário improvável numa toalha de papel. E se João Fazenda traça o Bairro de Alvalade em banda desenhada, com Madalena Matoso ganhamos um roteiro das árvores de Lisboa.
Aguce-se a curiosidade por este ciclo de cinema, organizado pela Fundação Inatel, dizendo que é oportunidade de ficar a conhecer, de 15 a 18 de junho, algumas das salas destinadas à exibição cinematográfica na Lisboa do início do século XX. Entre uns mais pomposos salões com cinema de reprise e os chamados piolhos (onde a higiene era coisa que não abundava, daí o nome), o ciclo decorre em locais tão improváveis como o Consulado Geral do Brasil, na Rua António Maria Cardoso, onde ficava o antigo Chiado Terrasse; a Igreja de S. João Evangelista, na Rua Barão de Sabrosa, que ali, pelos anos 30 do século passado, dava pelo nome Max Cine e de culto nada tinha. Ou ainda um armazém de revenda, na Rua da Mouraria, que mantém, na fachada, as letras do Salão Lisboa.
São vários os motivos para passar entre 18 e 26 de junho pela Ribeira das Naus, onde, durante sete dias, haverá música, dança, gastronomia, artesanato, debates e cinema. Logo no primeiro fim de semana tem lugar a 8ª edição da Festa da Diversidade, organizada pela SOS Racismo, com Bonga, Tropicáustica, Halloween, Guto Pires, Tó Trips, Terrakota, Pedro Branco ou Selma Uamusse, entre outros. Às sonoridades do mundo junta-se a Marcha do Orgulho LGBT que, no dia 18, às 17 horas, parte do Jardim do Príncipe Real para terminar ali mesmo, à beira-rio.
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