![festas16-9┬®Nuno Saraiva.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9270544festas16-9%E2%94%AC%C2%AENuno-Saraiva.jpg)
Desenho de Nuno Saraiva, ilustrador e autor de banda desenhada que tem criado uma série de “bonecos” para as Festas de Lisboa. Este ano, Nuno Saraiva inspirou-se no universo de Rafael Bordalo Pinheiro
1. Miradouros
Depois dos transportes públicos e das escadarias da cidade, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela organização das Festas de Lisboa, escolheu os miradouros para receber intervenções artísticas. São três e em comum têm a vista para a Ponte 25 de Abril, a celebrar em agosto o seu 50º aniversário.
No miradouro de Santo Amaro, junto à ermida com o mesmo nome, está instalado o Pavilhão. Um painel de azulejos parabólico, da autoria dos Pedrita e de Ricardo Jacinto, que funciona como um espelho acústico permitindo “escutar” a paisagem. Já o Miratron, no miradouro do Monte Agudo, promete não deixar ninguém quieto. Entre os dias 15 e 22, durante cerca de 40 minutos, o instrumento musical engendrado por Luís Varatojo, transforma este miradouro escondido entre o casario da Penha de França numa inesperada pista de dança. Depois, a 21 de junho, e até final do mês, é passar pelo miradouro do Largo das Necessidades e experimentar o Escópio, a instalação da dupla Fernando Estevens e Marta Miguel. Nesta espécie de câmara escura, entram dois de cada vez e, durante cinco minutos, é aproveitar a sensação de estar mergulhado na paisagem que nos rodeia.
Pavilhão > Miradouro de Santo Amaro > 1-14 jun > Miratron > Miradouro do Monte Agudo > 15-22 jun, seg-dom 21h > Escópio > Miradouro do Lg. das Necessidades > 21 jun-1 jul, seg-dom 11h-13h, 16h-22h > grátis
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Gonçalo Viana
2. Guia Ler e Ver
A ideia de fazer um guia de Lisboa para ser lido e visto já andava a borbulhar na cabeça de Patrícia Portela e Afonso Cruz. Juntou-se a coincidência de a EGEAC comemorar 20 anos e o projeto ganhou pernas para andar. A data redonda ditou o número de participações – 20 escritores e 20 ilustradores que, através da escrita e do desenho, convidam à descoberta da sua Lisboa. Com Rui Cardoso Martins percorremos a Penha da França para depois darmos um salto à Penha pela mão de Rui Zink. Mário Zambujal fala da Lisboa dos jornais que foi desaparecendo, enquanto Bárbara Assis Pacheco desenhou um itinerário improvável numa toalha de papel. E se João Fazenda traça o Bairro de Alvalade em banda desenhada, com Madalena Matoso ganhamos um roteiro das árvores de Lisboa.
Editado pela Prado, o Guia Ler e Ver tem lançamento marcado para esta quarta-feira, 8, às 18 e 30, no auditório central da Feira do Livro. Depois, às 21 horas, inaugura na galeria Abysmo a exposição com as ilustrações e, até final do mês, estão marcados passeios conversados, com alguns dos autores, sempre em dupla. Uma espécie de blind date ao final da tarde, do qual se sabe apenas o ponto de encontro.
Galeria Abysmo > R. da Horta Seca, 40 r/c > 8-30 jun, seg-sex 10h-19h > Passeios conversados > grátis
Visitas Guiadas com Autores
11 jun, sáb > Rui Cardoso Martins – Casa dos Perús (11h) > Rui Zink – Ginginha do Rossio (18h)
18 jun, sáb > António Jorge Gonçalves – Museu do Azulejo (16h)
19 jun, dom > Joana Bértholo – Museu do Fado (16h)
25 jun, sáb > Ana Margarida Carvalho – Cais do Sodré (17h) > Sandro William Junqueira – Miradouro da Graça (18h)
3. Salão Piolho
Aguce-se a curiosidade por este ciclo de cinema, organizado pela Fundação Inatel, dizendo que é oportunidade de ficar a conhecer, de 15 a 18 de junho, algumas das salas destinadas à exibição cinematográfica na Lisboa do início do século XX. Entre uns mais pomposos salões com cinema de reprise e os chamados piolhos (onde a higiene era coisa que não abundava, daí o nome), o ciclo decorre em locais tão improváveis como o Consulado Geral do Brasil, na Rua António Maria Cardoso, onde ficava o antigo Chiado Terrasse; a Igreja de S. João Evangelista, na Rua Barão de Sabrosa, que ali, pelos anos 30 do século passado, dava pelo nome Max Cine e de culto nada tinha. Ou ainda um armazém de revenda, na Rua da Mouraria, que mantém, na fachada, as letras do Salão Lisboa.
O Salão Piolho começa no dia 15 no antigo Convento das Bernardas (hoje Museu da Marioneta e onde funcionou, entre 1924 e 1950, o Cine Esperança), com Aniki Bobó, de Manoel de Oliveira. O programa é, aliás, todo feito com clássicos do cinema e para assistir há que comprar bilhete (€3). De entrada gratuita são a sessão surpresa, com encontro marcado no Largo da Graça, que inclui um passeio para conhecer alguns dos cinemas deste bairro (17 jun, 19h). E a visita guiada Animatógrafos Há Muitos!, conduzida por Paula Gomes Magalhães, a satisfazer os mais curiosos (18 jun, 15h). O Salão Piolho encerra no dia 18 com uma vídeo-projeção contínua, a partir das 21 e 30, no Largo do Intendente, que assinala os 120 anos do cinema em Portugal, seguindo-se um filme-concerto, com O Circo, de Charles Chaplin. Ao ar livre, já se vê, e sem precisar de passar pela bilheteira.
Vários locais > 15-18 jun, qua-qui 21h30, sex 22h, sáb 19h, 22h30 > €3 (associados Inatel grátis) > Informações T. 21 002 7150
4. Faustin Linyekula
Nem só de espetáculos em salas de teatro se faz a presença em Lisboa do coreógrafo e bailarino congolês Faustin Linyekula, convidado da bienal Artista na Cidade. Ele que também está interessado em trabalhar com outros artistas, brinda-nos no dia 17, às 19 horas, com uma performance-concerto, nos Terraços do Carmo, com a colaboração de músicos, djs e bailarinos. Uma noite musical dançante, ao ar livre e de entrada gratuita, acompanhada pela performance Parlement Debout, do também coreógrafo congolês Papy Ebotani, artista associado dos Estúdios Kabako de Faustin Linyekula. E todos estão convidados a participar.
Terraços do Carmo > 17 jun, sex 19h > grátis
![festas16-14┬®Nuno Saraiva.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9270458festas16-14%E2%94%AC%C2%AENuno-Saraiva.jpg)
Nuno Saraiva
5. Festa da Diversidade
São vários os motivos para passar entre 18 e 26 de junho pela Ribeira das Naus, onde, durante sete dias, haverá música, dança, gastronomia, artesanato, debates e cinema. Logo no primeiro fim de semana tem lugar a 8ª edição da Festa da Diversidade, organizada pela SOS Racismo, com Bonga, Tropicáustica, Halloween, Guto Pires, Tó Trips, Terrakota, Pedro Branco ou Selma Uamusse, entre outros. Às sonoridades do mundo junta-se a Marcha do Orgulho LGBT que, no dia 18, às 17 horas, parte do Jardim do Príncipe Real para terminar ali mesmo, à beira-rio.
Durante a semana decorre um mercado intercultural e, ao início da noite, há cinema ao ar livre. A 20 de junho, assinala-se o Dia Mundial do Refugiado com um espetáculo e, a fechar a programação, no dia 26, destaque para o Ratha Yatra, o festival das carruagens hindu que acontece pela primeira vez em Lisboa, com uma grande caravana a percorrer as ruas da cidade, entre o Largo do Intendente e a Ribeira das Naus.
Ribeira das Naus > 18-19 jun, sáb 15h-2h, dom 14h-24h > grátis
![festas16-19┬®Nuno Saraiva.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9270563festas16-19%E2%94%AC%C2%AENuno-Saraiva.jpg)
Nuno Saraiva