![RDS_Armazem66_06.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9568678RDS_Armazem66_06.jpg)
Inaugurada no final de julho em Viana do Castelo, a Armazém 66 tem à venda as bicicletas de madeira da MUD Wood, fabricadas em Ovar
Rui Duarte Silva
David Vieira não tem tido mãos a medir. Desde que abriu, em finais de julho, a concept store Armazém 66 que tem sido um entra-e-sai de gente. Mais parece uma “romaria”, se quisermos aplicar a metáfora que tão bem cabe a Viana do Castelo.
Arquiteto, com 28 anos e poucas oportunidades de trabalho, David Vieira resolveu “abrir um negócio só com os produtos de que gostasse”. Aproveitou uma loja fechada dos avós para vender “criações contemporâneas portuguesas”. Como os sabonetes artesanais Bonjardim, os lápis da Life in a Bag, os cadernos da Vira Retro, a roupa da Esterisco, os livrinhos de receitas em forma de sardinha da Objeto Anónimo, mas também produtos tradicionais como as cestas de junco de Forjães ou os atoalhados da Lavandiska. As bicicletas de madeira da MUD Wood (fabricadas em Ovar) – marca que ali tem também malas de senhora e alforges – e as da Intemporal Bikes têm sido as meninas dos olhos dos turistas. O problema é que é difícil levá-las para casa tão facilmente como aconteceu com a boia pertencente a um dos primeiros navios construídos no Estaleiro Naval de Viana e que seguiu direta para a Suíça. David Vieira gosta de falar e, por isso, nos explica ter sido ele a renovar a mesa que serve agora de montra, um móvel de ourives encontrado numa feira de velharias. Ao fundo da loja, onde irá instalar o seu ateliê, há ainda projetos de comida e bebida como o vinho biodinâmico da Aphros Loureiro ou os chocolates artesanais Gana (feitos por uma ceramista de Caminha). Por lá, também estão algumas marcas estrangeiras, como a Paez, mas o que David deseja é que a Armazém 66 seja uma prova que o que é nacional é (muito) bom.
Armazém 66 > R. da Bandeira, 66, Viana do Castelo > T. 91 761 6805 > seg-sáb 10h-20h