1. Casa Nanda, Porto
Chega a esta época do ano e a Casa Nanda enche-se de comensais em busca da lampreia, servida à bordalesa ou em arroz. “É um dos nossos pratos fortes, vem muita gente à procura”, conta Rosário Sousa, filha dos proprietários. Este ano, “como não tem chovido, não há muita lampreia”, aponta, nem para os lados do rio Minho, donde a trazem. Mas, quem chega, dá-se por satisfeito. No ano passado, este restaurante clássico do Porto, aberto há mais de 40 anos, foi renovado, mas manteve os sabores tradicionais na carta. R. da Alegria, 394, Porto > T. 22 537 0575 > €48,50 a dose
2. Líder, Porto
É conhecida no Porto como uma das melhores casas na confeção de lampreia. “À bordalesa é mais forte, mas também fazemos arroz por encomenda”, explica Manuel Moura, o proprietário. O ciclóstomo é pescado no rio Minho e chega ao restaurante ainda vivo, para ali ser amanhado. “Este ano há pouca, mas é fantástica”, acrescenta. Alameda Eça de Queirós 120/130, Porto > T. 22 502 0089/91 987 3191 > €45,50 a dose, €120 inteira
3. Rogério do Redondo, Porto
Reaberto na primavera de 2019, este clássico renovado tem a lampreia entre os pratos de cozinha tradicional de mérito reconhecido. Capturada no rio Minho, é ali preparada à bordalesa, com todo o rigor. Para ter a certeza de a encontrar, consulte as redes sociais do restaurante, onde é sempre divulgado o menu do dia. R. Joaquim António de Aguiar, 19, Porto > T. 22 536 2215/ 91 803 3067> €65 meia dose, €130 uma dose
4. O Gaveto, Matosinhos
“A lampreia está excelente, apesar de ser mais pequena e de existir em menor quantidade”, sublinha José Silva, um dos proprietários do conhecido restaurante de peixe e marisco de Matosinhos. Após dois anos sofridos, com confinamentos a impedir as romarias, não faltam agora grupos à procura do ciclóstomo, vindo do rio Minho e mantido nos aquários da casa. “A lampreia é sinónimo de confraternização, este ano as pessoas querem desfrutá-la”, acrescenta. Servem, principalmente, à bordalesa, embora também aceitem encomendas de arroz. R. Roberto Ivens, 826, Matosinhos > T. 22 937 8796 > €40 a dose, €70 meia, €110 inteira
5. Casa Lindo, Gondomar
Apesar da bela vista para o rio Douro, há décadas que a lampreia servida neste restaurante tradicional não é pescada nas redondezas. “Aqui não dá nada, vem sempre lá de cima, do Minho, tenho o mesmo fornecedor há 35 anos”, conta Gracinda Lima, a quinta geração à frente desta casa com 277 anos. Além de servirem arroz de lampreia ou à bordalesa, também têm uma açorda como entrada, igualmente apreciada pelos clientes fiéis. “São pratos muito trabalhosos, com os seus segredos”, mantidos ao longo dos tempos pela família proprietária. Tv. Convenção de Gramido 26-148, Valbom, Gondomar > T. 22 483 0200 > €120 inteira, €60 meia
6. A Carvalheira, Ponte de Lima
A Carvalheira tornou-se uma referência gastronómica no Alto Minho por pratos regionais como os rojões com arroz de sarrabulho, o cabrito assado e a lampreia, quando é a sua época. Tudo feito pelas mãos sábias de Maria Teresa Gomes. Este ano, a falta de chuva explica a escassez de lampreia do rio Lima. Mas nem os preços mais avultados têm afastado os clientes. “As pessoas estavam com saudades dos almoços de lampreia, estão a tirar a barriga de misérias”, conta José Gomes, o proprietário. R. do Eido Velho, 73, Ponte de Lima > T. 258 742 316 > €100 (inteira)
7. O Moinho, Ponte da Barca
O cenário antecipa o saborear da iguaria. De janelas viradas para o Vade, um afluente do rio Lima, este antigo moinho possui condições excecionais para manter a lampreia. Pescada no Lima, principalmente, é guardada viva, durante cerca de uma semana, em tanques cavados no próprio leito do rio, para permitir que a carne fique mais rija e saborosa. “É uma casa bastante conhecida pela lampreia”, assegura Luciano Meireles, o proprietário. Servida apenas inteira, à bordalesa ou em arroz, como manda a tradição. Campo do Corro, 1, Ponte da Barca > T. 258 452 035 e 91 943 4272 > €80 (as mais pequenas) e €100
8. Adega do Sossego, Melgaço
As águas do rio Minho correm bem perto deste restaurante tradicional. A época da pesca em Melgaço arranca só a 15 de fevereiro, quando a lampreia aqui chega. “Dizem que é a melhor, porque tem de lutar contra a corrente e fica mais rija”, conta Teresa Barbosa, da família proprietária. Mas já começaram a receber exemplares de outros pontos do rio Minho. “Há pouca lampreia, mas boa”, para satisfazer os clientes fiéis da casa, com 31 anos de existência, desde sempre a acolher as romarias ao Alto Minho para provar a iguaria. Por enquanto, ficam-se pela lampreia de cabidela com arroz ou à bordalesa, de confeção irrepreensível, acompanhada pelo vinho da casa. Precisam de ter em mais quantidade para fazer fumeiro e apresentar as entradas à volta do ciclóstomo seco e fumado, que pode ser demolhado e assado na brasa, panado com ovo ou cozido com presunto e salpicão no recheio. Peso, Melgaço > T. 251 404 308 > €80 (inteira)