Entre a panóplia existente no World of Wine (WOW), o 1828 começou por ser o restaurante dedicado ao fine dining, mas a procura por boas carnes acabou por ditar a mudança. “Recebemos pela diversidade, por isso pensamos que seria um bom desafio converter o 1828 numa steakhouse”, conta Manuel Santos, diretor de Food & Beverage do WOW, que já possuía oferta de comida vegetariana, peixe e mariscos, cozinha tradicional portuguesa e doçaria. As protagonistas, agora, são as carnes de raça bovina Minhota ou Galega, grelhadas no Josper, o “Ferrari dos fornos a carvão”.
Nas brasas, como tempero, levam apenas sal marinho. “A cozedura é muito rápida, a uma temperatura entre os 250 e os 350 graus, para reter todos os sucos e o sabor das carnes”, sublinha Silvina Coelho, a chefe de cozinha. Todas as peças são maturadas pelo produtor. A 1828 signature cut (€25, 150 gr), um corte preparado especialmente para a casa, “com um marmoreado parecido com a wagyu”, é a única a ter uma maturação de 60 dias garantindo “um sabor mais intenso que nem todos apreciam”, explica. As restantes carnes são maturadas durante 21 dias.
Na sala, é feita uma apresentação de cada uma, para os clientes perceberem as características. O Tomahawk (€68, 1kg) é a peça maior, ideal para partilhar, o lombo (€21) é indicado para quem prefira a carne mais bem passada, a ribeye é mais marmoreada e o entrecôte a mais equilibrada (€24). Há ainda, para os apreciadores de peixe, o salmão BBQ (€20) como prato principal, igualmente preparado no Josper. Na mesa, estão disponíveis quatro tipos de sal para quem quiser adicionar tempero: Maldon (uma variedade do sul de Inglaterra, sem aditivos), dos Himalaias, flor de sal vinho do Porto e flor de sal de tomilho. Os acompanhamentos são servidos à parte (assim como os molhos, caso sejam desejados) e variam entre os legumes grelhados, a polenta cremosa de mascarpone e o arroz de enchidos.
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Nas entradas, destacam-se o salmão curado em Porto Pink (€15) ou o tártaro de novilho maturado (€20). Já nas sobremesas, refira-se o infinity red velvet (€10), um bolo muito aveludado servido com frutos do bosque, e a tarte de limão merengada (€9), com o merengue a ser queimado na mesa. Como não poderia deixar de ser no WOW, os vinhos merecem uma atenção especial e cada restaurante tem a sua carta. “As nossas cartas destacam-se do tradicional, não as dividimos por regiões mas por estilos de vinhos [por exemplo, podem ser brancos leves e secos, aromáticos e secos, encorpados; ou tintos delicados e complexos; frutados e versáteis; encorpados], porque é uma subdivisão mais apropriada ao consumidor, que percebe onde eles se enquadram e sente-se mais à vontade na sua escolha”, explica Priscila Haddad, a head sommellier. Uma forma de colocar em prática a filosofia do The Wine Experience, o museu do WOW que descomplica os diferentes vinhos portugueses. Simplificar, para democratizar.
No 1828 há a possibilidade de harmonizar o jantar com vinhos do Porto vintage. Afinal, este “não é apenas um vinho de sobremesa, é de degustação no seu todo”, aponta a sommelier. Nós ficámos convencidos ao provar o Tomahawk com o Taylor’s Vintage Port 2017, uma das estrelas da marca pertencente ao grupo The Fladgate Partnership, proprietário do WOW. Uma combinação fora do habitual.
1828 > World of Wine, R. do Choupelo, 39, Vila Nova de Gaia > T. 22 012 1220 > seg-dom 17h-01h > https://wow.pt/