Na esplanada, o olhar divide-se entre a tranquilidade do rio Ave e o colorido dos canteiros na Praça da República, em Vila do Conde. Razão mais do que suficiente para apetecer ficar ali, a beber um copo de vinho acompanhado de pão de fermentação natural e azeite do Douro. Mas o Rio, aberto em maio, não é apenas um restaurante com vistas largas, pois tem uma ampla e acolhedora sala em tons claros, paredes de pedra e requinte em cada detalhe.
Neste regresso à terra natal, depois de ter trabalhado em diversos lugares, desde o Grupo Rui Paula ao hotel FeelViana, o chefe Paulo André diz-se determinado em “surpreender e fazer os clientes felizes”, apoiado numa cozinha rigorosa e no serviço atencioso. “Nesta zona histórica, e cheia de charme, faltava um fine dining”, aponta.
Da carta, à base de produtos locais, inicie-se com uma sopa de peixe, montada no prato (€5), seguida de robalo com arroz cremoso de amêijoas e gamba selvagem, algas da nossa costa, ovas de truta salmonada e rebentos de coentros (€22). Da terra, virá o carré de cordeiro de leite com crosta de pistácio, batata roxa, funcho baby, molho de mostarda à antiga e mel de urze (€21). Nos vegetarianos, conte-se com tagliatelle fresca e orégãos, tomate cherry e portobello (€12) e risotto de cogumelos selvagens, tartufo e telha de queijo da ilha (€15). Cada prato, explica, é “reinventado, num jogo de sabores, aromas e texturas”.
Por fim, à sobremesa, a frescura da ganache moldável de chocolate e sablé de baunilha de Madagáscar (€7) e três texturas de framboesa, lemon curd, petazetas e gelado de mascarpone (€6). Agora sim, faz todo o sentido a frase que tínhamos visto na entrada: “Que seja eterno enquanto dure.”
Restaurante Rio > Pç. da República, 8, Vila do Conde > T. 252 602 182, 91 421 3716 > ter-sex 12h-15h, 19h-22h30, sáb-dom 12h30-15h, 19h-23h