É surpreendente como, mesmo conhecendo ao detalhe a história recente da monarquia britânica – leia-se, desde que Diana Spencer entrou no rol de personalidades mediáticas –, tantos milhões de pessoas têm curiosidade em assistir ao final de The Crown. Sabemos como acaba esta criação de Peter Morgan, que teve o talento de humanizar todas essas figuras públicas.
Dividida em duas partes, a sexta temporada começa onde se ficou anteriormente. Regressa a 1997, para recriar momentos que deram fotografias icónicas da princesa Diana, como quando estava de férias, com os dois filhos, a bordo de um iate no Mediterrâneo, a convite de Mohamed al-Fayed. Nesse ano, os tabloides britânicos tiveram mais interesse em Diana do que em qualquer outro ano, principalmente, depois da morte trágica em Paris.
Voltamos a aplaudir Elizabeth Debicki na pele de Diana. Se, na temporada anterior, a atriz teve de estudar muito para captar os trejeitos, maneirismos e expressões de olhar de Diana, agora, tem contado à imprensa internacional, a personagem já respondia de forma natural às cenas mais emblemáticas. Os quatro episódios desta primeira parte “são quase como um thriller”, diz o realizador Christian Schwochow, sobre aquilo a que chamou “uma tragédia em três partes” – a realização do primeiro episódio é de Alex Gabassi.
A série percorrerá acontecimentos até 2005, como o casamento do agora Rei Carlos III (Dominic West) e de Camila (Olivia Williams), bem como o início do romance de William e Kate Middleton (o casal será interpretado por Ed McVey e Meg Bellamy). Já a dupla Harry e Meghan Markle não consta da ficha técnica da série.
Ao mesmo tempo, aproxima-se o Jubileu de Ouro da Rainha Elizabeth II, em 2002, e era preciso repensar o futuro da monarquia. A atriz Imelda Staunton continua como protagonista, mas as suas antecessoras, Claire Foy e Olivia Colman, também irão marcar presença, pelo menos em flashbacks, neste fim de ciclo.
The Crown > Netflix > Estreia 16 nov, 4 episódios > 14 dez, 6 episódios