À 11.ª edição, o Big Bang promete regressar com mais diversidade e qualidade musical, após um ano de interregno forçado, devido à pandemia. Pensado para quem tem “ouvidos curiosos e espíritos destemidos”, o festival resulta de um projeto internacional com vários parceiros e edições em doze países europeus e no Canadá. Iniciado pela companhia belga Zonzo Compagnie, foi acolhido em Portugal pela Fábrica das Artes do Centro Cultural de Belém (CCB).
A programação deste ano junta diversos espetáculos, concertos, instalações e outras surpresas. Em sete pontos, eis o essencial do que pode ver ao longo deste sábado, 23.
1. Olá zente que aqui samo, de Sete Lágrimas + JAS
Desde 2012 que os Sete Lágrimas têm sido presença regular no Big Bang de Lisboa e de outras cidades europeias. Neste sábado, 23, no CCB, vão estar em palco com um grupo de jovens músicos com idades entre os 9 e os 13 anos (com quem têm vindo a desenvolver o projeto Nómadas), para apresentar Olá zente que aqui samo. Com direção artística de Filipe Faria e Sérgio Peixoto, trata-se de viagem musical e visual pelo reportório dos Sete Lágrimas, com a participação do artistas visual João Alexandrino (JAS), acompanhados pelos jovens coristas e instrumentistas da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional e da Academia de Música de Almada. Grande Auditório > 17h > maiores 4 anos > €4,50
2. Estradas, de Salvador Sobral, Jenna Thiam e Javier Galiana
Salvador Sobral, em colaboração com a atriz belga Jenna Thiam e o músico catalão Javier Galiana, estreia-se na criação de um espetáculo de música e de teatro pensado para crianças. Encomendado para o Big Bang, Estradas tem como inspiração os universos do músico Nino Rota e do cineasta Frederico Fellini para falar das estradas e dos caminhos que os artistas percorrem pelo desconhecido, em busca dos seus sonhos. Pequeno Auditório > 12h45 e 16h > maiores de 6 anos > €4,50
3. Hush – Henry’s dream machine, pela Zozo Compagnie
A companhia belga, que criou o projeto Big Bang, habituou o público à magia dos seus espetáculos, habitualmente baseados na obra de grandes compositores. Desta vez – e depois de J. S. Bach, Miles Davis, Thelonious Monk e John Cage –, dedicou-se ao universo imaginativo de Henry Purcell. O mistério e os milagres estarão presentes em Hush – Henry’s dream machine, dirigido por Wouter Van Looy e que conta com uma enorme caixa mágica em forma de antigo teatro, pronta a abrir-se à imaginação e à curiosidade dos espectadores. Com texto a partir de Shakesperare e Dryden, o espetáculo conta ainda com a sonoridade do acordeão e do alaúde. Black Box > 11h e 14h30 > maiores de 6 anos > €4,50
4. Sou Filha das Ervas, pel’A Monda Teatro-Música
Trata-se de um espetáculo baseado nos versos, poetas e cantigas de Amália Rodrigues. Depois de ter estreado no CCB, em fevereiro de 2020, durante o ciclo Pharmácia Amália, Sou Filha das Ervas volta a juntar as vozes de Joana Reis, Suasana Quaresma e Tânia Cardoso à guitarra de Rodrigo Crespo e ao violoncelo de Catarina Anacleto. Sala Luís Freitas Branco > 12h e 15h30 > maiores de 4 anos > €4,50
5. O Quarto de Michel e Jorge A. Silva + O Quarto de Tomás Longo e Samuel Gapp
À semelhança de outras edições do festival, foram convidados dois duos de músicos a recriaram os seus quartos no CCB, tendo como inspiração os seus imaginários fantásticos e musicais. O Quarto de Michel e de Jorge A. Silva está decorado com cadernos de viagens, miragens e planetas. No outro quarto, habitam as cores dos sonhos e as aventuras de Tomás Longo e de Samuel Gapp. Sala Fernando Pessoa > Michel e Jorge A. Silva: 12h15, 14h e 15h30 > Tomás Longo e Samuel Gapp: 11h45, 13h30, 15he 16h15 > maiores de 4 anos > €4,50
6. Instalações interativas
Durante o dia, as crianças terão a oportunidade de gastarem as suas energias em quatro instalações interativas, espalhadas pelo CCB. Spotter, da autoria de Chris Koolmees, convida os mais novos a tornarem-se DJ e VJ, numa experiência audiovisual única (Sala Amália Rodrigues); e Oscibouncer, de David Jongen e Elize Rausch, é um desafio a saltarem em trampolins, onde os saltos acionam sensores que controlam sons e luzes (Sala Almada Negreiros, €4). Em Estes Pássaros Voam para o Norte, do compositor belga Serge Verstockt, todos são convidados a interagir com os pássaros, desencadeando um chilrear (Foyer do Grande Auditório); e Unheard, da K.A.K & Crew, é composto por cinco megafones robóticos e enérgicos que vão invadir de surpresa o festival. Spotter > Sala Amália Rodrigues > 11h-13h, 14h -17h (sessões de 15 em 15 minutos) > maiores de 4 anos > €2 > Oscibouncer > Sala Almada Negreiros > 11h -13h30, 14h30 -17h (sessões de 15 em 15 minutos > maiores de 4 anos > €2 > Estes Pássaros Voam para o Norte > Foyer do Grande Auditórios > 11h-17h (sessões de 20 em 20 minutos) > grátis > Unheard > vários locais do CCB > horário surpresa > grátis
7. Concerto de encerramento com os Seven Dixie
O festival encerra com a rebeldia musical dos loucos anos 20 recriada pelo trompete, trombone, clarinete, tuba, banjo, piano e bateria dos Seven Dixie. A dixieland será recriada a partir de músicas como Hello Dolly, When The Saints Go Marching In e Tiger Rag, entre outros, proporcionando um final de tarde preenchido pela alegria do som poderoso, divertido e intenso deste grupo musical. A descontração dos Seven Dixie tem vindo a percorrer diversos festivais de jazz e de rua e garantem que têm a experiência e a energia necessárias para divertir o público de todas as idades. Praça CCB > 18h > grátis
Festival Big Bang > Centro Cultural de Belém > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2400 > 23 out, sáb 11h-19h > €grátis a €4,50 > ccb.pt