Em 1963, Manuel António Boaventura, o empresário da fábrica de brinquedos de plástico Estrela do Paraíso, inventou um “martelinho musical”, inspirado num saleiro/pimenteiro que tinha visto em França, com o centro de cerâmica e vidro, a imitar fole.
O original era pequenino, como estes, que agora foram lançados para comemorar o cinquentenário de um dos maiores símbolos do São João portuense. Curiosamente, foi na Queima das Fitas do Porto que os martelinhos fizeram a sua estreia, quando um grupo de estudantes pediu ao empresário “o brinquedo mais ruidoso de todos”.
O êxito foi imediato e os comerciantes decidiram vender martelinhos também para o São João. Os alhos-porros e os manjericos ganhavam, assim, um concorrente de plástico. Mas não pacificamente.
Entre 1968 e 1973, a Câmara do Porto proibiu os martelinhos por achar que iam “contra a tradição” e quem fosse apanhado com eles pagava 70 escudos de multa. Se dúvidas houvesse, as pazes estão feitas.
Esta edição, de 15 mil exemplares, é uma parceria entre a Fábrica de Plásticos e a empresa municipal Porto Lazer.
MARTELINHO DE SÃO JOÃO
No sortido de cores dos martelinhos, este ano, há uma inovação: os martelinhos dourados foram criados para assinalar os 50 anos do ícone sanjoanino
Edição limitada comemorativa dos 50 anos À venda nos Postos de Turismo do Porto. €2