Não fosse a ASAE e era provável que as especiarias estivessem dispostas como num verdadeiro mercado indiano – em cone, dentro de cestos ou grandes sacos de serapilheira.
Era essa a ideia inicial do casal Pereira Ratanji. Ele nasceu em Portugal, mas é filho de pais indianos, ela apaixonou-se pela cultura. Na Flor de Açafrão arranjaram forma de compensar o contacto direto com o produto. Em frente de cada frasco, colocaram um mais pequenino, o “cheirador”.
Paulo e Cristina abrem-nos um a um, dão a cheirar ao cliente, sugerem temperos, como numa visita guiada.
O ajowan “tem um grau de parentesco com o orégão, fica bem em pratos de feijão e é bom para a digestão”, ensinam. O assa-fétida “pode ser usado em vez do alho”. De caril, há três tipos (madras, garam masala, tandoori); piripíri são outros tantos; açafrão-das-índias; cardamomo; cominhos em semente…
Ao todo são mais de 40 especiarias diferentes e há sempre novas a chegar. No aroma, fazem concorrência aos incensos, que se vendem em varetas, lápis ou cones. E também se vendem ao peso.
FLOR DE AÇAFRÃO
Centro Cultural de Bombarda
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