A Direção-Geral da Saúde confirmou esta sexta-feira, dia 16 de agosto, que nenhum dos casos de Mpox registados em Portugal pertence à variante mais perigosa e contagiosa da doença, a clade I. “Todos os casos reportados em Portugal são da clade I IIb do vírus monkeypox, não tendo sido identificado nenhum caso pela clade I”, explicou a DGS em declarações à agência Lusa.
A Organização Mundial de Saúde declarou, esta quarta-feira, a nova estirpe do vírus Mpox como “emergência de saúde pública global”, com casos confirmados em mais de uma dezena de países. Horas depois, a Suécia registava um caso, o primeiro fora do continente africano.
Em Portugal, entre junho do ano passado e 31 de julho de 2024, já foram registados 244 casos de monkeypox – dos quais três foram detetados entre maio e julho deste ano. A autoridade de saúde portuguesa – DGS – alertou para a necessidade de diagnóstico precoce e de mecanismos de prevenção e controlo, de forma a reduzir as cadeias de transmissão à medida que vão surgindo novos casos. A Direção-Geral da Saúde recomendou ainda a vacinação da população com maior risco de infeção. Entre 16 de julho de 2022 – data de início da disponibilidade de vacinas – e 31 de julho deste ano já foram vacinadas mais de 9 mil pessoas.
A nova estirpe da doença, clade I, é mais perigosa e contagiosa que as anteriores, transmitindo-se facilmente através do contacto próximo entre duas pessoas. É também mais difícil de identificar uma vez que, para além de lesões no peito, mãos e pés, tem também provocado lesões nos genitais, passando despercebida no contacto entre pessoas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde é provável que sejam identificados mais casos “nos próximos dias” na Europa. “A confirmação do subtipo mpox Clade 1 na Suécia reflete claramente a interligação do nosso mundo (…). É provável que mais casos importados sejam registados na região europeia nos próximos dias e nas próximas semanas”, pode ler-se num comunicado emitido pela OMS.