“Na letalidade por estado vacinal e por idade, é possível observar que o risco de morte diminuiu 3 a 7 vezes após vacinação completa quando comparado com pessoas não vacinadas no mês de julho de 2021”, nota a DGS nos dados que enviou à VISÃO. Mesmo entre os maiores de 80 anos que, apesar de vacinados, estão a ser as grandes vítimas atualmente, o risco de morte é três vezes inferior com a vacinação completa. A DGS atribui o risco de morte por Covid nesta faixa etária à maior agressividade da variante Delta que, mostram os estudos, faz com que as vacinas não ofereçam o mesmo grau de proteção do que em relação à Alpha.
As vacinas contra a Covid-19 não impedem que uma pessoa apanhe a doença. A percentagem de eficácia (mais de 90%, no caso da Pfizer e da Moderna) diz respeito à prevenção de doença sintomática ou de hospitalização. Mas a verdade é que uma pessoa totalmente imunizada não se contamina tão facilmente: os estudos mostram que, mesmo aí, as vacinas são eficazes, embora em percentagens mais baixas, entre os 60% e os 65 por cento. Apanhando a doença, as vacinas fazem com que a infeção seja debelada mais cedo, reforçando as nossas defesas contra o vírus. Mas nenhuma vacina é 100% eficaz. A idade é fundamental naquilo que se chama “imunossenescência”, ou seja, deterioração imunológica provocada pelo envelhecimento. Graça Freitas explicou que a maior parte das mortes são de “pessoas muito idosas” e “muito doentes”, sobretudo com mais de 80 anos.