Durante a pandemia, 57% dos portugueses adquiriu hábitos alimentares mais saudáveis, mais do que a média europeia, que é de 45%. Esta é uma das conclusões da Health Report 2021, um estudo europeu realizado pela farmacêutica alemã STADA. Este terceiro estudo anual, feito com 30 mil respostas de 15 países, teve por tema base a pergunta “Como a pandemia mudou a visão dos europeus sobre a saúde?”
Das respostas aos questionários conclui-se que 74% dos portugueses estão satisfeitos com o Sistema Nacional de Saúde, a média europeia é de 71%, sendo que os britânicos são os que mostram maior satisfação (90%). De notar que portugueses, ingleses e espanhóis acreditam que os seus sistemas de saúde estão, agora, melhor preparados para enfrentar uma nova pandemia, bem acima dos 59% da média europeia.
A maioria dos europeus teve problemas de ordem psicológica, como ansiedade ou perturbações no sono regular. Portugal é mesmo o que mais se queixa, com 70% a dizer a pandemia influenciou ou seu bem estar mental. Aliás, 54% responderam que ou tiveram ou estiveram no limiar do burnout. Um dado preocupante relativo à exaustão é o desequilíbrio entre gerações e sexos, com 65% das mulheres entre os 18 e os 34 anos a referir que esteve perto da exaustão.
Um dado que pode ser surpreendente tem a ver com as preocupações durante a pandemia. Mais de 50% disseram que a maior preocupação foi estar longe de familiares e amigos, em segundo lugar ficou o receio de ser infetado (42%) e quase um em cada três revelou apreensão com as repercussões da Covid-19 no mercado de trabalho.
Para combater a pandemia os europeus confiam em primeiro lugar nos médicos (73%) e, em segundo lugar, nos farmacêuticos e cientistas. Os políticos ficaram em sétimo lugar com 7%.