Inicialmente utilizado para tratar o ébola e produzido exclusivamente pela farmacêutica norte-americana Gilead Sciences, o antiviral Remdesivir, já a ser utilizado em Portugal, é um dos dois medicamentos que tem ajudado no tratamento de pacientes Covid-19 com mais de 12 anos a necessitar de receber oxigénio.
Segundo a Sky News, a maior parte do stock mundial deste medicamento foi comprado pelos Estados Unidos e a farmacêutica concordou em entregar o restante nos próximos meses. Isto significa que o Remdesivir não estará disponível para os outros pacientes até outubro.
“Até agora, sabemos que nos próximos três meses não haverá suplementos de Remdesivir. Os EUA têm os medicamentos e nós não teremos acesso a eles, como é o caso do Reino Unido e da Europa”, lamenta Andrew Sky, investigador da Universidade de Liverpool, à Sky News.
Andrew Sky explica ainda que existe a possibilidade de haver outra farmacêutica a produzir o medicamento de forma genérica, mas que não o pode vender para a Europa porque apenas a Gilead Sciences tem a patente para isso.