A Autoridade Nacional do Medicamento – Infarmed informou os produtores e armazenistas de máscaras de proteção que todo stock, nomeadamente o que estava a chegar de Espanha e França para comercialização, estão agora sob o controlo das autoridades nacionais, não podendo ser vendidas a ninguém. Isto para garantir, entre outros, o fornecimento aos hospitais e serviços prioritários da proteção civil.
Trata-se de uma ação conjunta entre os governos de Portugal, Espanha e França e têm como objetivo garantir a existência de um stock estratégico em cada país de Equipamento de Proteção Individual (EPI) nesta fase mais complexa de combate à Covid-19.
Em Portugal tem -se assistido, nomeadamente entre os profissionais de saúde, a uma grande carência destas máscaras – que são um dos elementos determinantes de proteção para combater a propagação do novo vírus. A mesma carência se verifica entre as forças policiais – que, quando é declarado o Estado de emergência, têm de andar na rua a garantir a segurança e o cumprimento das regras de isolamento. Tem havido, por exemplo agentes do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras a trabalhar nas fronteiras terrestres sem máscara e luvas e outros, nos aeroportos, que têm de as reutilizar.
Perante os cenários cada vez mais pessimistas, e, quando Espanha, França e Portugal enfrentam o estado de emergência, os governos decidiram requerer todos os exemplares de máscaras.
Há vários tipos de máscara, desde as cirúrgicas sintéticas e mais comuns, que evitam a propagação dos infetados às mais elaboradas, como as os modelos FFP1, FFP2, FFP3 que filtram partículas contaminadas no ar e protegem do virus. Estas são feitas com recurso a tecnologia elaborada e têm várias camadas.
Ou seja, se as cirurgias, por serem mais simples, são úteis especialmente para colocar em quem está infetado, impedido que as suas partículas respiratórias circulem pelo ar, as outras servem para proteger quem não está doente. Isto é, devem ser usadas por pessoas saudáveis para as proteger do vírus, pois garantem que não entra nenhuma partícula (algumas até uma percentagem de 99,7%), o que não acontece nas cirúrgicas.