O Alzheimer é o tipo de demência mais comum constituindo entre 50% a 70% de todos os casos, segundo a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer.
É uma doença degenerativa crónica. Os doentes vão perdendo capacidades de memória, de concentração, de atenção, de linguagem e de pensamento. Consequentemente há também mudanças de personalidade e no comportamento.
Apesar de não ter cura, quando os diagnósticos são feitos no estado inicial da doença, é possível amenizar alguns dos sintomas.
O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) divide os estados da doença em três fases e expõe alguns sintomas aos quais devemos estar atentos se suspeitamos que alguém à nossa volta tenha Alzheimer.
SINTOMAS PRECOCES
O principal sintoma são as falhas na memória, como por exemplo
– esquecer-se das conversas ou eventos recentes
– perder coisas
– esquecer-se de nomes, lugares e objetos
– ter dificuldades em pensar na palavra certa
– fazer perguntas repetitivas
– mostrar mau julgamento ou ter mais dificuldade em tomar decisões
– tornar-se menos flexível e mais hesitante em experimentar coisas novas
Ainda fazem parte destes sintomas precoces as alterações de humor, ansiedade, agitação e confusão.
SINTOMAS INTERMÉDIOS
Quando os problemas de memória pioram ainda mais, como por exemplo
– maior confusão e desorientação – perder-se ou andar a vageuar sem saber que horas são ou que dia é
– comportamentos obsessivos, repetitivos ou impulsivos
– ilusões (acreditar em coisas que são falsas) ou sentir-se paranóico e desconfiado em relação a auxiliares de saúde ou membros da família
– problemas na fala ou na linguagem (afasia)
– sono perturbado
– oscilações de humor frequentes, depressão e sentir-se cada vez mais ansioso, frustrado ou agitado
– dificuldade em realizar tarefas espaciais, como calcular distâncias
– ver ou ouvir coisas que outras pessoas não fazem nem dizem (alucinações)
Nesta fase já é preciso alguém a tomar conta do doente para as tarefas diárias.
ÚLTIMOS SINTOMAS
A fase que se torna mais complicada não só para o doente, como também para a(s) pessoa(s) que toma conta, amigos e família
– dificuldades em comer e engolir (disfagia)
– dificuldades em mudar de posição ou movimentar-se sem ajuda
– perda de peso – às vezes grave
– incontinência urinária e incontinência intestinal
– perda gradual da fala
– problemas significativos na memória de curto e longo prazo
Nesta fase os doentes também se podem tornar violentos e desconfiados com as pessoas á sua volta.