Um grupo de investigadores de várias universidades descobriu que os bebés que nascem parecidos com o pai são mais saudáveis após o primeiro ano de vida – isto porque os seus pais passam mais tempo com eles. Mas a explicação continua: De acordo com a investigação, a parecença faz com que os pais passem uma média de mais 2,5 dias por mês com os seus filhos – pois deixa-os mais confiantes de que estes são efetivamente seus descendentes genéticos.
Os 2 dias e meio a mais podem até parecer pouco tempo mas, segundo o estudo, faz uma grande diferença. Os bebés que passam este tempo extra com o pai ficam menos tempos expostos a possíveis danos, ao mesmo tempo que há “mais tempo parental para a prestação de cuidados e supervisão, e para a recolha de informação sobre a saúde e as necessidades económicas infantis”.
Segundo os investigadores, os bebés parecidos com o pai são menos propícios a precisar de intervenções hospitalares de urgência e a sofrer de asma, tudo por causa da maior presença do progenitor durante o primeiro ano de vida.
“Os pais são importantes para criar uma criança, e isso manifesta-se na saúde da criança”, explica Solomon Polachek, professor da Binghamton University, nos EUA, num comunicado da universidade.
“Os pais que percebem a semelhança do bebé a si mesmos estão mais certos de que o filho é deles e, portanto, passam mais tempo com o bebé”, diz.
O estudo, publicado no Journal of Health Economics, analisou 456 famílias em que o filho recém-nascido passava o dia apenas com a mãe e em que ambos os pais relatavam a parecença física do bebé ao pai.
Após um ano de observação, os investigadores concluíram que os bebés que passavam mais tempo com o pai tinham “condições de saúde consideravelmente mais favoráveis”.
Os investigadores acreditam que a descoberta tem o poder de influenciar a ação do pai nas famílias em que a mãe tenha um papel mais ativo na criação e educação dos filhos, e nos casos em que o pai seja uma figura ausente.
As crianças filhas de pais-solteiros possuem desvantagens face às criadas em famílias em que ambos os progenitores possuem um papel ativo. Desvantagens estas que, segundo o estudo, “as poderão afetar ao longo da vida”.