Uma equipa de engenheiros da Universidade de Rutgers, nos EUA, desenvolveu uma nova forma de impressão em 3D. A esta descoberta, a que deram o nome de 3D em alta resolução ou 4D, abre caminho para o desenvolvimento de estruturas “vivas” em órgãos e tecidos humanos e a maneira de administrar medicamentos em doentes.
Os investigadores usaram um hidrogel (gel com água) que muda de forma consoante a temperatura.
O estudo, publicado na Scientific Reports mostra que as impressões em 3D com hidrogel mantêm-se sólidas apesar de conterem água.
Este gel, que é usado há décadas em dispositivos biomédicos, já tinha sido aplicado em impressões bidimensionais, mas em 3D não. Howon Lee, que liderou a investigação e é professor do Departamento Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Universidade de Rutgers, diz que esta nova forma de impressão pode ser utilizada, por exemplo, para “dar rigidez a órgãos como os pulmões” ou “transportar e libertar medicamentos dentro do corpo”.
Para o estudo, imprimiram uma peça de xadrez com apenas 3 milímetros e conseguiram controlar a maneira como se transformou perante diferentes circunstâncias térmicas. A peça encolheu e expandiu-se consoante a temperatura a que foi exposta. Quando abaixo de 32 graus Celsius o hidrogel absorveu mais água e cresceu. Acima dos 32 graus o gel expeliu água e encolheu.
“Se conseguirmos controlar o formato, podemos programar a função que terá”, e, acrescentou Lee, “podemos aplicar este princípio em quase tudo”.