É a mais recente moda que, cada vez mais, atrai a atenção daqueles que gostam de um tom de pele claro. Enquanto uns desejam uma pele mais bronzeada, outros preferem uma pele mais clara recorrendo a tratamentos que nem sempre são recomendáveis. Exemplo disso mesmo são as injeções de glutationa.
A glutationa ou glutatião, o chamado “antioxidante mestre” é cada vez mais usada como um tratamento para clarear o tom de pele. Os centros de beleza que oferecem este tipo de tratamentos estão já espalhados pela América do Sul, Europa, Ásia, entre outros. O tratamento baseia-se em injeções do antioxidante uma ou duas vezes por semana. No entanto este tipo de tratamento pode ser prejudicial para o organismo.
A glutationa é um tripéptido que se encontra nas células e que tem como principal função protegê-las da oxidação. À medida que envelhecemos a produção da glutationa diminui. Isto levou a que, nos últimos anos, a sua fama crescesse como um agente que ajuda a atrasar os sinais de envelhecimento pela indústria da cosmética. Consequentemente foram criados suplementos como cápsulas e cremes anti-rugas.
A par destes efeitos, a glutationa tem outro efeito que despertou o interesse: inibe a produção de melanina, o pigmento que determina a cor da pele. Assim nasceram os comprimidos, sabões e aerossóis que têm na base este antioxidante e que prometem clarear a pele.
De acordo com os especialistas da Food and Drug Administration (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), o nosso corpo tem dificuldades em absorver a glutationa quando esta é ingerida via oral. Isto porque a glutationa sofre uma degradação pelos sucos gástricos e pelas enzimas do fígado. No entanto as injeções permitem aumentar os níveis de glutationa no sistema circulatório. Mas há um risco: segundo os especialistas: as injeções do antioxidante podem sobrecarregar o sistema que fornece sangue aos rins.
O excesso deste tripéptido no sangue pode provocar desiquilibrios na tiróide, disfunção no fígado e dor abdominal severa. Além destes riscos, e a um nível mais grave, pode estar associado à síndrome de Steve Johnson ou à necrólise epidérmica tóxica.