Todos temos hoje incorporado um padrão elevado de exigência em matéria de sustentabilidade económica, social e ambiental, a que corresponde um sentido de urgência na mudança de paradigma no uso que fazemos dos recursos que o planeta coloca à nossa disposição.
Assim convergimos na abordagem aos grandes desafios civilizacionais, na certeza de que devem ser geridos de forma integrada, com uma visão holística e a cooperação ativa entre os diferentes agentes da sociedade.
No quotidiano, somos despertos pelas manifestações cada vez mais frequentes e intensas das alterações climáticas, com incidência na qualidade do meio ambiente, na preservação da saúde pública, no funcionamento da economia e na dinâmica da sociedade.
O nosso modo de vida altera o clima e o clima altera o nosso modo de vida e, nesta via de dois sentidos, ganha centralidade a água, recurso essencial a todas as atividades económicas, ao desenvolvimento social e à existência da própria vida.
No quadro da gestão sustentável da água, cabe ao Grupo Águas de Portugal empreender uma atuação que se revele consequente na concretização da estratégia de ação climática:
Por um lado, na vertente da mitigação, contribuindo para a redução de emissões de gases com efeitos de estufa, tendo em curso um programa integrado de redução de consumos energéticos e de produção própria da totalidade da energia consumida, a partir de fonte 100% renovável;
Por outro lado, no domínio da adaptação, dando ênfase à resiliência dos sistemas para confrontar cenários de escassez ou de cheias e inundações, à materialização de princípios de economia circular na reciclagem da água e na valorização de outros subprodutos com elevado valor ecológico, e ainda ao suporte às práticas de eficiência hídrica e à sensibilização para o valor da água e seu uso parcimonioso.
Este é um caminho que necessariamente se percorre em parceria, beneficiando da mobilização coletiva da sociedade, dos diferentes setores produtivos e dos agentes públicos, mas também potenciando novas oportunidades que permitam ampliar a visibilidade e sensibilidade geral relativamente ao tema.
Tal é a finalidade que se pretende alcançar com os Prémios Verdes, ao promover o reconhecimento e a divulgação de boas práticas e de exemplos de excelência que representem valiosos contributos para a qualificação do ambiente e o desenvolvimento sustentável no quadro da transição ecológica.
Trata-se de distinguir pessoas e empresas, cientistas e investigadores, ativistas, empreendedores e também cidades, projetos de energia, arquitetura, tecnologia, conservação da Natureza que produzam conhecimentos e desenvolvimentos práticos, e que assim mereçam ser conhecidos e reconhecidos.
Destaco, pelo marcado simbolismo, o Prémio Especial PALOP, destinado a estimular as boas práticas de gestão da água nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, em que o Grupo Águas de Portugal está muito presente, pela relevância do setor enquanto suporte da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Vivemos num tempo em que as circunstâncias vieram acrescentar volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, mas estas ameaças seguramente não colidem com a aspiração comum, à escala global, de contribuirmos e vermos salvaguardadas as melhores condições de habitabilidade do planeta.
Concorra aos Prémios Verdes até dia 31 de março. Mais informações aqui