“Este ajustamento que hoje fazemos garante que, mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água para garantidamente um ano de consumo urbano. Portanto, é um alívio, mas um alívio proporcional, obviamente dando prioridade aos consumos urbanos, das famílias”, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, sublinhando que o ajustamento será proporcional e sujeito a avaliação permanente.
Este alívio das restrições faz parte de um grupo de três medidas, que inclui novos investimentos para aumentar a disponibilidade hídrica e a aceleração de investimentos importantes ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em conferência de imprensa realizada após a reunião do Conselho de Ministros desta sexta-feira, o governante defendeu que a situação de seca, especialmente na região do Algarve, obriga à aplicação de restrições, mas que “para serem justas, para serem compreendidas e aceites, têm de ser proporcionais”.
“Se chove um pouco mais, se a dimensão e o drama da seca diminui de algum modo, nós devemos ajustar as medidas”, insistiu. Esta avaliação vai ser permanente com momentos “de dois em dois meses”. Chegando ao mês de agosto, se houver uma alteração da situação, haverá “uma reanálise destas restrições”.
O alívio estende-se também ao setor agrícola, que estava “particularmente penalizado”, e ao turismo.
O anterior governo tinha decretado , a 5 de fevereiro, a situação de alerta na região do Algarve devido à seca, impondo uma restrição ao consumo de água no Algarve de 25% (que passa para 13%) na agricultura e de 15% (passa para 10%) no setor urbano.