Os cientistas mexicanos descobriram uma nova subsespécie da chamada aranha-violinista (Loxosceles tonochtitlan), segundo avançou o Instituto de Biologia da Universidade Nacional Autónoma do país (UNAM), e as primeiras informações sobre o bicho não deixam ninguém muito descansado. Ou seja, a sua picada tem características muito comuns – “Começa com uma ferida que se torna roxa e rosada ao redor”, explicou Alejandro Valdez-Mondragón, líder da equipa – mas torna-se perigosa porque não é fácil identificar o quadro clínico: como as picadas não são dolorosas, podem ser confundidas com uma infeção cutânea ou com a picada de outro inseto.
“Só o facto de não ter uma cor chamativa como outras Loxosceles que existem no país é que facilita a sua identificação”, acrescenta o especialista. O pior? É uma espécie de aranha conhecida por ter um veneno tão potente que destrói o tecido humano, e que pode causar lesões necróticas na pele de até 40 centímetros.
“O período crítico são as primeiras 24 horas e, às vezes, até 48 horas quando se começam a notar os efeitos”, salientou ainda Valdez-Mondragón ao mexicano Yucatan Times, antes de recordar que alguns estudos recentes relacionam este aparecimento como resultado de um fenómeno de que se tem falado muito ultimamente: as alterações climáticas.