Parece ficção científica, mas em breve vai ser possível andar num carro que se guia sozinho. A Volvo Cars e a Uber assinaram um acordo com vista ao desenvolvimento conjunto de automóveis capazes de incorporar os mais recentes desenvolvimentos ao nível da condução autónoma.
Este projeto conjunto, avaliado em cerca de 300 milhões de dólares, será monitorizado em estreita colaboração, pelos engenheiros de ambas as empresas e tem como objetivo atingir o desenvolvimento de modelos com condução totalmente autónoma. Estes automóveis utilizarão como base um modelo fabricado pela Volvo Cars e serão utilizados por ambas as empresas que posteriormente irão incorporar as suas tecnologias de condução autónoma.
Esta parceria entre um fabricante automóvel e uma das empresas de Silicon Valley representa um avanço significativo na indústria automóvel, sublinhando o caminho que, a nível global, a mesma pretende seguir, como resposta à chegada das novas tecnologias. Esta aliança marca o início do que ambas as empresas preveem poder constituir uma parceria a longo prazo.
“A Volvo é um dos fabricantes de automóveis mais avançados e contemporâneos do Mundo. Somos líderes no desenvolvimento quer de sistemas de segurança ativa quer de tecnologias de condução autónoma e possuímos uma credibilidade inigualável em matéria de segurança. Estamos bastante orgulhosos por ser parceiros da Uber, uma das empresas mundiais líderes a nível tecnológico. Esta aliança irá colocar-nos no centro da revolução tecnológica por que passa atualmente a indústria automóvel”, afirma Håkan Samuelsson, Presidente e CEO da Volvo Cars.
Travis Kalanick, CEO da Uber, reforça esta ideia. “Mais de 1 milhão de pessoas perde a vida anualmente em acidentes com automóveis. Estas são tragédias que a tecnologia de condução autónoma poderá ajudar a reduzir. Não poderemos concretizar este objetivo sozinhos e é por isso que a nossa parceria com um grande construtor como a Volvo é tão importante. A Volvo é líder no que toca ao desenvolvimento de veículos e na segurança. A combinação das nossas capacidades irá permitir-nos chegar mais rapidamente ao futuro”, declarou.
Os novos automóveis irão utilizar a plataforma SPA (Scalable Product Architecture). Esta plataforma tem vindo a ser utilizada pela Volvo na produção dos seus mais recentes modelos onde se incluem o galardoado XC90, lançado em 2015, ou os novos S90 e V90 lançados este ano. O desenvolvimento da plataforma SPA faz parte do programa de transformação industrial global que a Volvo iniciou em 2010, e que prevê a aplicação de tecnologias de condução autónoma bem como o aumento da oferta de soluções eletrificadas e o desenvolvimento de opções de conectividade. Foram estas valências que atraíram uma empresa como a Uber.
A Volvo tem sido pioneira no desenvolvimento de tecnologias que contribuam para a condução autónoma. A empresa sueca pretende continuar nesta senda que culminará na diminuição do impacto climático associado à redução do tráfego, do consumo de combustíveis e consequentemente na diminuição da poluição causada pelos automóveis. A condução autónoma é ainda um elemento de crucial importância para a concretização da sua Visão 2020 na qual ninguém perderá a vida ou ficará gravemente ferido num novo Volvo a partir desse ano.