O Governo português manifestou-se hoje satisfeito com o acordo em torno da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) alcançado numa reunião no Luxemburgo, com o secretário de Estado da Agricultura a assegurar que “o setor pode continuar a trabalhar”.
“Conseguiu-se evitar e mitigar a instabilidade que havia nas propostas iniciais da Comissão (…) Nós, em Portugal, temíamos perdas importantes em setores como por exemplo o leite, o milho, o tomate, o arroz, agricultores de pequena dimensão, com perdas de 80%.
Conseguimos mitigar essa convergência, como a Comissão Europeia lhe chamava, e trazer algo que vai permitir à nossa PAC ter um reequilíbrio, mas controlado”, declarou José Diogo Albuquerque, em Bruxelas.
O secretário de Estado, que representou o Governo nos dois dias de negociações no Luxemburgo, e que se encontra hoje em Bruxelas, sublinhou que se conseguiu “introduzir um mecanismo de travão às perdas”, tendo Portugal também assegurado vários ganhos, passando a dispor de instrumentos, no quadro da nova PAC para 2014-2020, que lhe permitirão mesmo “fazer um novo programa melhor que no passado, mais simples e com uma entrada mais rápida em funcionamento”.