14 Aqueça a água ao sol
Entre €201 e €225 é quanto uma família de quatro pessoas pode poupar anualmente na factura do gás natural, se estiver disposta a investir entre €2 010 a €3 326 na instalação de painéis solares térmicos numa moradia. O sistema, que utiliza a energia do Sol para aquecer as águas sanitárias (banho incluído), permite poupar até 70% da energia necessária para essa finalidade e paga-se a si próprio num prazo médio de cinco a dez anos. E sem emissões de CO2, pelo menos nos dias de sol. Os cálculos da empresa Selfenergy, feitos a pedido da VISÃO, indicam que a poupança no consumo de gás atinge 237 a 265 metros cúbicos por ano (equivalente em kWh), evitando-se assim a emissão de 0,7 a 0,9 toneladas de CO2 para a atmosfera. Até 31 de Dezembro, a compra de painéis solares conta ainda com a comparticipação do Estado, a fundo perdido, no valor de €1 641,70 , cerca de metade do preço final. Na declaração de IRS, são dedutíveis 30% das despesas com a compra e instalação dos equipamentos, até ao montante máximo de 796 euros.
15 Produza a sua própria energia
O rendimento médio anual de uma família pode crescer entre €3 135 e €3 765 se aderir ao regime de microgeração e começar a produzir electricidade para vender à rede. Como? Investindo entre €18 760 a €19 768, num conjunto de painéis solares fotovoltaicos, com potência instalada de 4,14 kWh. O investimento é considerável mas, com a receita da venda de energia, o retorno é assegurado em cinco anos e meio. São 5 080 a 6 100 kWh de produção caseira que todos os anos são injectados no sistema por cada unidade de microgeração. O ambiente, segundo a Selfenergy, é poupado à emissão de 2,5 a 3 toneladas de CO2. Mas é difícil obter uma das novas licenças de microgeração que periodicamente são atribuídas pela Direcção-Geral de Energia.
16 Aproveite o vento
Além da solar, também a energia eólica pode ser vendida à rede eléctrica. Um aerogerador, com 1 500 ou 3 000 W de potência, pode custar entre 8 232 e 11 424 euros e gerar uma receita anual de €1 247 a 2 494 euros. Estes valores fazem que a amortização do equipamento seja obtida num prazo de 4,1 a 5,9 anos. A produção anual, a partir do vento, de 2 900 a 5 800 kWh de energia implicam a redução de 1,4 a 2,9 toneladas de CO2 por ano – que seriam emitidas caso essa quantidade de energia fosse obtida a partir de fontes não renováveis.
17 Escolha a casa certa
Desde 1 de Janeiro que a certificação energética é obrigatória para comprar ou arrendar casa. A partir de uma escala, em que a eficiência energética de um imóvel se mede entre A+ (o melhor) e G (o pior), é possível avaliar o seu desempenho. Orientação solar, paredes, coberturas, envidraçados, aproveitamentos de energias renováveis e sistemas de ventilação são alguns dos itens analisados. Segundo a Agência para a Energia (Adene), um edifício de classe D terá, potencialmente, um consumo energético entre 50% e 100% superior ao de um edifício de referência, situado no limite inferior da classe B-. Já um edifício de classe A+ terá um consumo que não ultrapassa os 25% do consumo de referência. Assim, se a sua casa for da classe D, a factura energética pode ser superior entre 50% a 100%, em relação a um imóvel da classe B-. Na classe A+, pagaria menos de 25% do que o que suportaria caso habitasse um edifício de classe B-. Lembre-se disto quando escolher a sua próxima habitação.