São elas as mais afetadas pelas alterações climáticas, mas são eles que decidem. Isso tem de mudar, diz a fundadora da Business as Nature, associação sem fins lucrativos, constituída há quatro anos por um grupo de mulheres. Susana Viseu fala também da iniciativa Mulheres pelo Clima, que marcou presença na COP28, no Dubai.
A ação climática e ambiental é, em paralelo, uma luta pela igualdade de género?
Sim. A ação climática não pode ser separada das questões de género. Aliás, quem o reconhece são as próprias Nações Unidas. Não só as mulheres são as principais refugiadas climáticas, as principais afetadas pelos efeitos que já se sentem em todo o mundo, como também estão na primeira linha da resposta imediata aos problemas. São elas quem assegura o cuidado à família, que é a sua tarefa desde tempos ancestrais. Nesse sentido, temos de assegurar que esta transição é feita de forma justa e não agrava ainda mais as desigualdades que já existem.