Logo a seguir a Londres e Paris, a capital espanhola surge no mapa como a cidade com maior oferta de museus e exposições de arte. Ainda para mais com uma vantagem suplementar para o viajante: quase todos os seus espaços de exibição encontram-se concentrados a uma distância confortável, a pé, uns dos outros, no chamado “passeio de arte”: Museu do Prado, Thyssen-Bornemizsa, Caixa Forum e Rainha Sofia (onde se aglomeram multidões para ver Guernica, de Picasso).
Embora as celebrações do 4.° centenário de El Greco se concentrem em Toledo (a uma hora de Madrid), onde o pintor viveu a maior parte da sua vida, naturalmente o Museu do Prado vai dedicar duas das suas maiores exposições desta temporada ao artista nascido em Creta. A primeira, La Biblioteca del Greco (de 31 de março a 29 de junho), tentará reconstruir as raízes teóricas e literárias da arte do pintor. A segunda, El Greco, Arte e a Pintura Moderna, (de 24 de junho a 5 de outubro) promete ser um dos grandes acontecimentos artísticos desta temporada na Europa: serão 25 as obras do mestre em “diálogo” com mais de 70 obras realizadas nos séculos posteriores, por artistas como Manet, Cézanne, Picasso, Bacon ou Pollock, e influenciadas por El Greco.
No Thyssen Bornemisza, a primavera será passada nos ambientes de Cézanne, um dos mais importantes artistas da segunda metade do século XIX e cuja obra é considerada uma ponte entre o impressionismo e o cubismo. Depois, no verão (entre 10 de junho e 14 de setembro), o museu abre as portas aos Mitos da Pop Art, com 70 obras de artistas como Rauschenberg, Wesselman, Lichtenstein e Hockney.
Já na Caixa Forum, o ambiente será completamente distinto: enquanto a exposição Genesis, do fotógrafo Sebastião Salgado pode ser vista até 4 de maio, as famílias farão fila para não perderem a mostra comemorativa dos 25 anos da Pixar (até 22 de junho), o estúdio norte-americano de cinema de animação, responsável por filmes como Toy Story e Monstros e Companhia.