Depois de um pequeno mas óptimo contacto com Nice, com as suas praias banhadas pelas águas azuis do Mediterrâneo, abastecemo-nos de alguns bens essenciais como pão e água. Já na Gare de Nice-Ville, aguardámos pela regular passagem de um comboio regional e em menos de meia hora desembarcámos na Gare de Monaco.
Admito que me sentia maluco por ali estar… O primeiro grande choque foi sair da estação em direcção à Marina e depararmo-nos com todo aquele aparato; as palavras até me faltaram no breve telefonema que fiz para casa. Assustei-me com a quantidade de embarcações que ali estão, desde as pequenas lanchas clássicas envernizadas aos gigantescos iates de luxo. É sem dúvida brutal, e eu tendo um especial gosto por este tipo de brinquedos, adorei mesmo poder apreciá-los. Já para não falar de outro tipo de luxos que não passam despercebidos de maneira nenhuma. Refiro-me aos vulgares carros topo de gama que por ali andam a contornar as curvas do emblemático circuito da Fórmula 1.
Tínhamos algum receio dos possíveis preços praticados, no entanto não fazíamos questão de tentar dormir no Mónaco, por isso fizemos com que o resto do dia valesse a pena. O autocarro que nos deixou na praia ali bem perto era bastante acessível, depois de algumas voltas ao circuito a uma velocidade muito reduzida, uma passagem em frente ao famoso Casino de Monte-Carlo, alguns stands de automóveis simpáticos, bem como agradáveis lojas.
O Interrail ainda agora tinha começado e já nos tinha proporcionado momentos fantásticos. O final de tarde ficou marcado com o disfrutar da praia e de uma plataforma flutuante a uns 50 metros da areia, onde nos deixámos estar a apreciar tudo à volta e a pensar na vida. Ao longo da viagem fomos reflectindo bastante e admirando todas as coisas boas que vivíamos. E sou sincero quando digo que não tive quaisquer motivos para me sentir a mais naquele pequeno Mundo, mesmo de mochila às costas e a tomar “banho” no duche da praia; faz parte da minha idade.
Como o que é bom acaba depressa, num instante ficou de noite. Acabámos a visita turística no tão procurado McDonald’s a jantar, que rondou os 7€ por menú. Deixámo-nos estar até que fossem horas para apanhar um comboio para lá da fronteira. Mais uma vez estávamos prestes a inaugurar um novo país: Itália!