1 – Na carteira…
Antes de mais, a sua identificação pessoal. Cartão de cidadão (ou Bilhete de Identidade para quem ainda tem) terá obrigatoriamente de estar na sua mala. Se viajar dentro do espaço europeu, não precisará de outro: graças ao Acordo de Schengen, que faz parte da legislação comunitária, já não há controlos nas fronteiras entre 22 países da UE. Foram apenas reforçados nas fronteiras externas mas saiba que há exceções: Bulgária, Chipre, Irlanda, Roménia e Reino Unido. Já a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça são igualmente membros do Espaço Schengen, apesar de não serem membros da UE.
Se for para outro destino, poderá ser necessário um visto (autorização de entrada no país), e o passaporte atualizado, válido por, pelo menos, seis meses. Se o perder, ou o roubarem, enquanto permanece fora, a primeira coisa a fazer é contactar a embaixada ou consulado de Portugal nesse país.
Depois, há os outros cartões. De crédito ou de débito? Por toda a Europa, pode usar os dois. O de débito é usualmente aceite nos países da UE e o seu uso fora de Portugal não tem qualquer custo acrescido. Para lá do espaço europeu, já pode ter um custo: comissões cobradas pelo próprio banco e que dependem de entidade para entidade e de país para país. Se perder o cartão, deve ligar imediatamente para a SIBS ( Tel. 808 201 251, se estiver no país; Tel. 00 351 21 781 30 80, se andar pelo estrangeiro).
Em alguns locais, como África e Ásia, o melhor é usar mesmo dinheiro ou os velhinhos ‘traveler checks’, os cheques de viagem, embora estes tenham um custo superior ao de utilizar moeda.
Caso seja assaltado, pode pedir a substituição dos documentos pelo número 707 24 11 07. Se preferir, pode ainda recorrer ao balcão “Perdi a Carteira“, nas lojas de cidadão. E faça sempre queixa às autoridades, uma via facilitada já que pode usar o site www.queixaeletronicas.mai.gov.pt. Pelo sim pelo não, dentro da carteira tenha ainda um cartão pessoal com o seu contacto: só assim um bom samaritano tem como o contactar.
Segredos para salvar documentos? Há sempre o velho truque das fotocópias nas malas de viagem. Hoje, com a ajuda da internet, pode também digitalizar e enviar para si mesmo, numa conta de email acessível em qualquer lugar.
2 – …e no carro
Se está a pensar viajar de carro, há outros imprescindíveis. O primeiro, claro, a carta de condução, que é aceite em toda a União Europeia, mas saiba que alguns países pedem também o livrete da matrícula. Outro elemento desse pacote base, pelo menos até à fronteira, é a Declaração Amigável de Acidente Automóvel, que também tem uma versão internacional.
A opção mais segura? Levar a carta verde: garante, em caso de acidente, uma cobertura mínima obrigatória de responsabilidade civil, assumindo-se como um comprovativo de seguro internacionalmente reconhecido. Pode ser adquirida em qualquer entidade seguradora, sendo o Gabinete Português da Carta Verde a entidade responsável em território nacional.
3 – Pela sua saúde
Se vai para fora, há algumas precauções a ter. Se ficar na UE, leve o Cartão Europeu de Seguro de Doença, que lhe dá acesso aos cuidados médicos nas mesmas condições dos residentes nos países de acolhimento medicamentos, urgências, taxas moderadoras ou outras despesas em caso de doença, acidente ou maternidade. Pode ser usado em todos os 27 países da UE mais a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça. Deve ser solicitado junto da Segurança Social onde está inscrito ou na própria loja do cidadão. É gratuito e válido por três anos.
Se for para destinos exóticos (países asiáticos, africanos ou sul-americanos), é sempre importante a adoção de outras medidas preventivas e aí poderá mesmo precisar do seu boletim de vacinas e de ser atendido na Consulta de Medicina das Viagens.
4 – ESPECIAL CRIANÇAS
Importante: Os menores que viajam na companhia de adultos devem ter o seu próprio passaporte ou cartão de cidadão.
Se saírem do país, e não estiverem acompanhados de ambos os pais, é necessário que a saída seja autorizada pelo outro progenitor e que esse documento tenha a assinatura reconhecida notarialmente.
Não se esqueça que ainda pode aderir ao programa “Estou Aqui”, da PSP, e colocar uma pulseira na sua criança. Visa agilizar a localiação de menores perdidos durante o verão, é gratuita e é também uma boa ajuda para as polícias internacionais, se estiver além-fronteiras.