A quase quatro mil quilómetros de distância, pensávamos que seria impossível ouvirmos falar tanto de Portugal. Mas, o que é certo, é que os romenos conhecem-nos, e alguns deles até querem visitar o nosso país.
É o caso de uma amiga do Andrea, mais um dos elementos do staff do hostel onde estamos instalados em Bucareste, que nos perguntou (depois de termos passado um longo dia a conhecer a cidade) por um bom sítio em Lisboa para ela ficar no final de Julho.
A amiga-do-Andrea vai passar cerca de uma semana por Lisboa e, segundo ele, tem tido algumas dificuldades em encontrar um local bom e barato para pernoitar. Como vai sozinha e não gosta do conceito tradicional dos hostels, a jovem viajante não está disposta a partilhar um quarto com outras pessoas, dificultando, assim, a nossa tarefa em indicar-lhe um local minimamente económico para dormir. De acordo com o Andrea, tinham-lhe indicado alguns locais em pleno coração do Bairro Alto (que o Andrea, recorrendo à ajuda de uma sms, não teve dificuldades em proferir), mas não ficou convencida, não só por não ser aquilo que ela procurava, como também por questões de segurança. Explicamos ao Andrea o que é o Bairro Alto, o que se faz no Bairro Alto e onde fica o Bairro Alto e ele ficou fascinado por a amiga ponderar ir viver para uma das zonas com mais vida noturna da cidade. Acabamos por lhe indicar mais algumas zonas centrais de Lisboa, para que a amiga dele possa encontrar várias hipóteses. Ficou, da parte dele, a promessa de lhe fazer chegar a mensagem, com o maior rigor possível.
Mas nem só no hostel nos falaram do nosso país. No mesmo dia, enquanto almoçávamos, uma das curiosas empregadas do restaurante perguntou-nos de onde éramos. Depois de dizermos prontamente que éramos portugueses, a rapariga exclamou que tem imensa vontade em visitar Portugal devido aos (recentes) estádios do país, confessando-se louca por futebol. Aconselhamo-la a não se ficar apenas pelos estádios Lisboetas e procurar pelos restantes, principalmente pelo de Braga. Para alguém que procura nas suas viagens o reconhecimento de vários estádios de futebol, revelou-nos a empregada, pensamos que não seria demasiado. Já diz o nosso ditado: “Quem corre por gosto, não cansa”.