Chegar a Tortel é um desafio. São vários dias por estradas de terra batida, não há transportes regulares, há pó e vento e noites mal dormidas.
Mas quando se chega sente-se de imediato a tranquilidade do lugar. Não há estradas nem carros, mas há pessoas e o ruído dos passos na madeira.
Em Tortel tudo é feito de madeira: caminhos, casas, barcos e cheiros.
Até as praças são feitas de madeira!
Fomos fazer uma caminhada pelos fiordes patagónicos que rodeiam Tortel.
O caminho é fácil! Vão por ali e seguem as setas.
Faltou dizer que as setas acabam a meio caminho… Andámos perdidos entre pântanos e arribas. Rendidos, aproveitámos e perdemo-nos também na paisagem.
Por toda a América do Sul há condições para se cozinhar. Depois da longa caminhada achámos que merecíamos um pitéu da nossa terra: um cozido “à tortelesa” foi o mais perto que conseguimos chegar.
Tortel, Patagónia profunda.
