Orçamento do Estado 2023
António Costa ganha orçamento um ano após crise política mas assume divórcio com esquerda e deixa direita a fazer contas
António Costa tem motivos para sorrir. Fruto da maioria absoluta, o Orçamento de Estado foi aprovado na generalidade sem qualquer surpresa. Porém, o debate e a votação do documento deixaram claro que é irreversível o corte do PS com os antigos parceiros da gerigonça. Enquanto isso, a direita mostrou que ainda convive mal com o seu passado de austeridade
Com o 0E2023, a gente continua, fica frágil, encosta-se ou ri? A resposta que um debate (quase musical) não deu. Eis um resumo
O arranque do debate do Orçamento virou uma apologia a Jorge Palma, à falta de um consenso sobre as qualidades ou os defeitos das contas de Medina. Costa invocou o cantor, para afirmar que contas certas e aumento de despesa rimam, e a direita também o citou, mas para alertar que o Pais ficará pior. Perante isto, a esquerda, que não vê qualidades no orçamento, pôs ordem na discussão: "Deixem o Jorge Palma em paz"
OE 2023: Partidos da oposição unidos nas críticas ao Governo por "não fazer o suficiente" para proteger empresas e famílias do aumento da inflação
Os números apresentados por Fernando Medina não convenceram os partidos com representação parlamentar, que são unânimes a considerar que o executivo "não está a fazer o suficiente" para ajudar as empresas e as famílias face ao escalar da inflação e ao aumento dos preços