feminismo

Eu sei que eles não são a maioria. Eu sei que talvez nunca venham a ser a maioria. Mas eles contam com uma maioria que se cale, que se encolha, que os deixe ocupar todo o espaço com os seus gritos, que aceite que não vale a pena enfrentá-los, que os trate com a compaixão que merecem os que não sabem o que fazem ou se entretenha a tentar compreender os motivos profundos do seu ódio. Não contem comigo para isso. Não estou cá para isso.

Somos treinadas para baixar os olhos, tapar o corpo, falar baixo e pouco. E, se não o fazemos, somos bruxas, loucas, taradas, convencidas, mal comidas, à procura de atenção. Não sei como se chama a mulher que desceu a avenida que ainda tem o nome da liberdade. Sei que a imagem dela tem a força de um grito. E que este é o momento para gritar

A ideia de que há uma guerra entre géneros só favorece os homens que odeiam as mulheres. E eu acredito que nem todos os homens odeiam as mulheres. Mas por algum motivo estamos a deixar que regresse uma retórica bafienta que pensávamos enterrada num passado de horrores. Mesmo que não pareça, este é o tempo de falar de amor. E de olhar para o exemplo de Ahoo Daryaei, abraçando-nos para segurar o medo que temos por dentro, enquanto enfrentamos quem nos teme. Não, não temos de nos esconder

Para derrubar estereótipos de género e rasgar o velho guião do que é ser homem, Nelson Marques, jornalista do Expresso, escreveu o livro "Os Homens Também Choram: histórias da nova masculinidade", que acaba de chegar as livrarias. uma convocatória para aquela que é, porventura, a revolução mais urgente do século XXI: a revolução da masculinidade

O famoso concurso de beleza pretende reinventar-se, e a vencedora deste ano, licenciada em bioquímica, promete romper com os estereótipos

Começou no Chile, espalhou-se por toda a América Latina e não demorou a atravessar o Atlântico. Duas semanas depois, este protesto cantado, que até já se fez ouvir no mundo árabe, chegou também a Lisboa

Os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) estão se consolidando muito rapidamente como grandes economias emergentes às custas do mal-estar de sua própria população. Como o capitalismo é global em todas as suas manifestações (ao contrário do que se difunde ou pretende), é bom trazer certos temas vivenciados pelas gentes destes lugares em plena decolagem para uma análise mundial, também globalizada - pois espera-se superar este modo de produção para poupar as carnes de um grave sofrimento.